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O Desencarne do Escravo Tião

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A poesia de hoje conta o momento doloroso do desencarne de um escravo e as impressões que ele teve o ser recebido no plano espiritual. Esse espírito também passou aqui na Terra pelo suplício do cativeiro, assim como o Pai Antônio.

Transcrição do Episódio

E aí, pessoal! Tudo bem? Bom dia, boa tarde, boa noite! Vamos conversar mais um pouquinho sobre Umbanda? Muita gente pensa que o fato de entrar para a Umbanda e começar a trabalhar com os guias espirituais faz a vida melhorar. O que você pensa a respeito disso? Será que a Umbanda vai deixar a sua vida melhor ou pior? Bom, o que eu posso dizer, pela minha experiência, é que realmente ocorre uma mudança profunda em nossas vidas, só que essa mudança acontece dentro de nós. A gente começa a se equilibrar emocionalmente, a gente começa a renovar as nossas atitudes, os nossos pensamentos. Porque, gradativamente, as virtudes que os nossos guias de luz carregam vão sendo transmitidas para nós, por meio de exemplos, por meio de mensagens. Essa é a maior contribuição que a Umbanda tem para oferecer.

Muita gente que desconhece a nossa religião, acaba procurando a Umbanda para resolver problemas materiais. A pessoa vai no terreiro para conseguir um emprego, para conseguir fechar um negócio que está empacado, a pessoa vai no terreiro para melhorar a sua vida amorosa. É uma infinidade de pedidos que as Entidades recebem todos os dias. E eu não estou dizendo aqui que essas pessoas estão erradas naquilo que elas almejam. Nós, como seres humanos, buscamos sempre melhorar a nossa vida, seja materialmente, seja espiritualmente. E os nossos guias espirituais sabem da necessidade de cada um. E eles oferecem aquilo que eles tem permissão para oferecer.

Mas é lógico que eles não vão atender pedidos absurdos, né? Tipo, você chega para o Caboclo e pede para ganhar na loteria, por exemplo. Eles não vão atender esse seu pedido, porque eles sabem que se você ganhar na loteria, a sua vida vai ficar muito mais fácil. Muitas das dificuldades que você enfrentaria, para o seu próprio crescimento espiritual, você não vai enfrentar mais. Vai ser mais uma encarnação desperdiçada, vai ser mais um período de estagnação para o seu espírito. E eles não querem que aconteça isso. Eles querem que você extraia dessa vida lições que vão ser importantes para o despertar da sua consciência. E muitas vezes, esse despertar acontece nos momentos de maior aflição que só as dificuldades do mundo pode oferecer.

Sabe o que a Umbanda tem ensinado para mim nessa vida? O desapego aos bens materiais, o desapego a relacionamentos doentios, o desapego a status e a poder. E o engraçado é que muita gente procura a Umbanda justamente para ter isso, né? Não é um contrassenso? Ah, eu quero uma ajuda do plano espiritual para ficar rico! (então você tem apego aos bens materiais). Eu quero uma ajuda do plano espiritual para manter do meu lado aquela pessoa que eu gosto, mesmo que seja contra a vontade dela (então você tem apego a relacionamentos doentios). Eu quero ajuda do plano espiritual para conseguir um cargo de chefia no meu trabalho, ou então para ganhar uma eleição (então você tem apego ao status e ao poder).

Eu lembro que um dia, eu estava passando por uma crise existencial na minha vida. E eu já tinha me tornado umbandista há um bom tempo. E daí, eu comecei a conversar com Deus e a me vitimizar: Poxa vida, eu trabalho tanto para tentar melhorar de vida e não consigo. Eu me esforço para tentar ajudar a minha família e os meus amigos… Eu me dedico aos trabalhos espirituais… Eu faço oferendas, eu acendo vela… Eu faço trabalhos voluntários, caridade… E a espiritualidade não ajuda eu a melhorar a minha vida.

E eu comecei a chorar as pitangas de uma tal forma que eu acho que esse meu desabafo começou a incomodar o Pai Antônio. Aos poucos eu fui sentindo a presença dele do meu lado e aquela energia maravilhosa que ele tem foi me aconchegando. Eu senti a mão iluminada dele na minha cabeça, como se estivesse fazendo carinho. Daí, ele falou para mim assim: “Filho, não cospe no prato que você está comendo. Porque nós estamos te ajudando mais do que você imagina. Não seja ingrato com a ajuda que você está recebendo do lado de cá. Apesar de você ainda não reconhecer as conquistas que você já fez, tudo isso que você está passando é para o seu próprio bem.

E o Pai Antônio, cheio de amor, continuou falando de uma maneira simples, mas com aquele jeito característico dele que faz as palavras calarem fundo no meu coração. Ele disse assim: “Olha para o histórico de todas essas Entidades que se manifestam através de você para ajudar as pessoas… O Caboclo Jupiassú, quando viveu aí na Terra não tinha nada. Ele era um índio que vivia no meio da floresta, feliz por extrair da natureza o estritamente necessário para sobreviver. O Baiano Tibério, quando viveu aqui na Terra, não tinha nada. Ele morava no interior do sertão nordestino, numa casa feita de barro. Ele não tinha nem água limpa para beber. O Erê que te acompanha hoje também era totalmente desapegado aos bens materiais. Ele doava tudo aquilo que ele ganhava. A Cigana da estrada morava numa carroça que nem era dela e ficava indo de povoado em povoado para conseguir o seu sustento. E eu era simplesmente um negro escravo que quando passou pela vida da matéria, não tinha nada que eu poderia chamar de meu. A única coisa que eu tinha era uma muda de roupa. E eu tinha que ficar pelado quando precisava lavar a roupa no rio porque estava muito suja.

E daí, o Pai Antônio concluiu esse puxão de orelha falando para mim assim: “Então, meu filho, você percebe que foram vidas difíceis que nós tivemos, que fez a gente conquistar o direito de estar aqui hoje, vivendo uma vida espiritual plena? O desafio na carne foi necessário para que nós chegássemos onde nós estamos. Não deixa o seu pensamento estragar a obra que você está construindo para o bem estar do seu próprio espírito.

E depois desse dia, depois dessa conversa com o preto-velho, eu parei de ficar me vitimizando pelas dificuldades que eu enfrento no meu dia-a-dia. Realmente, a vida que eu levo hoje, comparando com a vida que eles levaram aqui na Terra, apesar de todos os desafios, é uma vida de luxo. Eu tenho um lugar para morar, eu tenho um trabalho para me sustentar e eu convivo com pessoas que me querem bem. Não dá para reclamar disso, né gente?

É por isso que eu digo para vocês que a Umbanda vai, todos os dias, transformando a minha vida. Não da maneira iludida que eu desejava, mas as transformações vão acontecendo no sentido de amadurecer o meu espírito para o que realmente é importante, para as duas coisas que eu tenho certeza que eu vou carregar para o plano espiritual depois que eu desencarnar: que é o conhecimento que eu adquiri com as lições da vida e o sentimento que eu cultivei ao longo dessa jornada. Porque, no final das contas, é isso o que importa, né gente? Conhecimentos e sentimentos são as únicas coisas que nós levaremos aqui da Terra.

E agora, mudando de assunto, vamos aproveitar esse episódio para ouvir mais uma poesia passada pelo Pai Antônio? A poesia de hoje conta o momento doloroso do desencarne de um escravo e as impressões que ele teve o ser recebido no plano espiritual. Esse espírito também passou aqui na Terra pelo suplício do cativeiro, assim como o Pai Antônio. Mas antes da gente ouvir essa poesia, eu vou contar um pouquinho dos momentos que antecederam ao castigo que esse escravo recebeu, só para vocês entenderem melhor o contexto.

Ele contou para o Pai Antônio que ele era escravo de um engenho de açucar. E um dia, mandaram ele buscar lenha, junto com outros escravos, para alimentar as fornalhas que transformavam o caldo de cana em melaço. Daí ele saiu andando pela fazenda até um local onde eles secavam a lenha. E perto desse lugar, tio um riacho. A propriedade era cortada por um riacho. E justamente naquele dia, naquela hora, uma das filhas do senhor de engenho estava se refrescando nesse riacho. E ela estava lá se banhando, sem roupa, despreocupada, quando ela viu esse negro escravo passando. E a moça pensou que o escravo estava bisbilhotando ela tomar banho. Daí, ela começou a gritar e saiu da água correndo para pegar as roupas. E o Tião, assustado com aquilo que estava acontecendo, saiu correndo. E é lógico, né gente, o escândalo que ela fez, acabou atraindo a atenção de outras pessoas que ouviram a versão dela, de que o negro estava olhando a sua nudez e eles viram também o escravo correndo assustado.

Daí não deu outra, né gente? Esse fato foi levado até o pai dela e o senhor do egenho mandou que fosse aplicado um castigo exemplar, para que ninguém mais ousasse a fazer o que aquele negro tinha feito. No final da noite, amarraram o coitado do Tião no tronco e açoitaram ele até a morte. E é exatamente essa experiência que foi relatada na poesia. Vamos ouvir?

Ainda ouço, no silêncio da noite,
aquela longa sessão de açoite,
que não tive forças para suportar.
Com as costas rasgadas de sangue,
e com os ossos quebrados, exangue,
sentia a morte me cortejar.

Naquele momento de dor e aflição,
a morte segurava a minha mão,
e eu tremia, como folha ao vento.
Mas uma bela e misteriosa dama,
compreendendo todo o meu drama,
ofereceu-me carinho e alento.

Aos poucos, o pensamento serenou
e o espírito, então, se entregou
àqueles braços aconchegantes!
O corpo já não sentia mais frio.
No lugar da dor, um suave arrepio
fez o negro dormir confiante!

Por um tempo, fiquei inconsciente
com a minha alma convalescente,
permaneci dormindo no espaço.
Mas quando despertei no ambiente,
notei que tudo estava diferente,
e que não sentia mais cansaço!

A dúvida invadiu-me e, num pulo,
utilizando-me de um termo chulo,
sentei-me na beira da cama.
Vi a porta do quarto se abrir,
E do lado de fora, a sorrir,
aquela bela e misteriosa dama!

Essa é uma poessia simples e que, em um primeiro momento, pode parecer um pouco confusa para quem ouve. Como assim? Quando ele estava morrendo açoitado ele viu uma moça que se aproximou e começou a cuidar dele com carinho. E, de repente, ele já não sentia mais nada, adormeceu e quando acordou, estava em um quarto, não se sabe onde.

Para quem entende um pouquinho de como funcionam as coisas no plano espiritual, não é tão difícil de interpretar essa poesia. Todos nós temos guias, temos mentores que nos ajudam e que nos protegem nessa vida. Com o Tião, não era diferente. Essa moça que apareceu para ele quando ele agonizava antes de morrer era a mentora que acompanhava ele, era a sua guia espiritual.

Daí, vocês podem até pensar… nossa! Mas que guia espiritual mais incompetente, né? Porque deixou o seu pupilo morrer assassinado no tronco. Não é assim gente! Ela não podia fazer nada, porque chegou a hora dele. Estava programado para ele morrer daquele jeito. Não foi coincidência dele ter cruzado o caminho da filha do senhor do engenho, justamente naquela hora inapropriada.

E o pior de tudo, gente, é que o Tião contou para o Pai Antônio que ele não viu nada. Ele não viu moça nenhuma. Ele estava tão cansado da lida que ele só estava olhando para mato, quando ele ouviu uma gritaria, assustou e saiu correndo. Como diz o ditado, ele foi pego de gaiato, né?

Porque, pensa comigo, gente. Um escravo que trabalha à exaustão. Trabalha de Sol a Sol. Vocês acham que ele teria vontade de fazer qualquer outra coisa que não fosse comer e dormir? A maioria dos escravos levavam uma vida tão dura que dificilmente eles passavam dos trinta anos. Eles morriam de exaustão antes disso. E só quem sofre essa vida dura é que entende, né? Quem estava lá na casa-grande, no bem-bom, tinha uma visão totalmente distorcida da realidade.

Mas voltando para a poesia. O Tião não era um espírito ruim. Ele simplesmente precisou passar por aquela experiência dolorosa na Terra para poder crescer. E ele tinha tantos méritos, do ponto de vista espiritual, que no momento do desencarne, ele foi ajudado pela sua mentora espiritual. Ele conta que depois de várias açoitadas, ele foi perdendo a consciência e já não sentia mais nada, a não ser a presença amorosa daquela entidade que estava do seu lado, ajudando ele a se desligar do corpo físico.

E depois que ele foi desligado do corpo físico, enquanto o espírito dele estava dormecido, ele foi encaminhado para uma colônia espiritual, uma colônia de tratamento. Daí, imagina a surpresa, né? Quando ele acorda num quarto confortável, deitado numa cama (ele nunca tinha se deitado numa cama na vida, na experiência dele como escravo). Daí, a porta do quarto se abre e ele se depara com quem? Com a sua guia espiritual. Isso deve ser uma emoção indescritível, né?

E o Tião conta que não sentiu raiva de ninguém, não sentiu ódio, não sentiu mágoa. Ele estava é feliz, porque a condição de vida dele, no plano espiritual, tinha melhorado. E o Tião ficou tão agradecido a Deus, por essa oportunidade de crescimento que ele teve, que hoje ele serve de guia espiritual, trabalhando como um preto velho, para aquela moça que, no passado, foi a causadora da morte dele. Hoje, aquela moça está reencarnada e trabalha como médium na Umbanda. Não é bonito isso? Eu chego a me arrepiar todo quando eu penso nessas voltas loucas que o mundo dá.

Essa é a história do Tião, que hoje trabalha como um preto-velho na egrégora da Umbanda e se apresenta com o nome de Pai Sebastião.

E aproveitando que eu compartilhei com vocês essa história do Pai Sebastião e a ligação que ele tem hoje com a médium umbandista que recebe ele para dar atendimentos, eu quero falar sobre um assunto que me foi pedido por uma ouvinte. A Aline, de Belo Horizonte, entrou em contato comigo, já faz algum tempo, pedindo para eu falar sobre a Ancestralidade na Umbanda. A Aline gostaria de saber se a mediunidade é passada de uma geração para outra, das avós para as filhas, para as netas… Será que isso acontece?

Bom, antes de mais nada, eu quero deixar o meu abraço para você, Aline! E desculpa por eu demorar tanto para abordar esse assunto. Eu lembro que você entrou em contato comigo em dezembro, mas é tanta coisa que eu vou falando, que eu acabo me perdendo nos conteúdos. Então, Aline, receba o meu pedido de desculpas pela demora e a minha gratidão por você ouvir sempre o podcast.

A Aline contou para mim que ela ainda não frequenta nenhum terreiro, mas ela ficou sabendo que as avós tinham uma espiritualidade aflorada e eram médiuns, apesar de que, na família dela, não se sabe o por quê, ninguém fala abertamente sobre esse assunto.

Como você pôde notar, Aline, por essa história que eu contei do Pai Sebastião, a ancestralidade existe sim, na Umbanda, mas talvez não da maneira como as pessoas interpretam. Porque a mediunidade não tem uma característica biológica hereditária. Você entende? Eu já ouvi gente falar assim: ah, herdou a mediunidade da mãe ou herdou a mediunidade da avó. Talvez ela tenha herdado o compromisso mediúnico que aquele agrupamento de pessoas assumiu com a espiritualidade.

Então, por exemplo, antes da sua família encarnar (a sua avó, a sua mãe, você), pode ter acontecido de vocês terem combinado, no plano astral, quando estavam se preparando para voltar na terra, de trabalhar em vocês esse lado espiritualista. E muitas vezes, a equipe espiritual que é responsável pelo planejamento do reencarne das pessoas, elas autorizam que um determinado agrupamento familiar venha com uma sensibilidade mediúnica mais aflorada.

Daí, as pessoas pensam que isso aí é uma condição biológica hereditária, quando na verdade foi apenas uma programação a que determinados espíritos se comprometeram. Tanto é que, numa mesma família, você vai ver que existem pessoas que existem pessoas que tem mediunidade e pessoas que não tem mediunidade, até mesmo entre irmãos. Se a mediunidade fosse hereditária, passaria sempre de uma geração para outra, mas a gente vê que não é isso o que acaba acontecendo.

Por outro lado, quando a gente fala de agrupamento espiritual, da qual eventualmente você e a sua família, os seus antepassados, façam parte, daí esse assunto de herança mediúnica pode ficar um pouco mais complexo. A sua avó pode ter assumido um compromisso mediúnico, por uma pendência que ela carregava. Daí, a sua mãe ou você podem ter escolhido nascer nessa família, ou para dar continuidade a esse trabalho que foi iniciado pela sua avó, ou então simplesmente para fazer o espírito de vocês despertar mais rápido com esses assuntos espiritualistas. Não necessariamente que você vai herdar a mediunidade da sua avó ou que você tenha assumido o mesmo compromisso mediúnico, mas apenas porque você precisava conviver com pessoas vivenciaram essa experiência.

Por exemplo, eu vou te contar uma experiência minha. A minha tia-avó recebia um preto-velho chamado Pai José. E o meu primo em segundo grau também recebia essa mesma entidade, o Pai José. Mas detalhe: o meu primo era adotado. Não tinha vínculo herediário nenhum com a minha tia-avó. Você percebe que o vínculo não era genético?

E a minha mãe também foi adotada. Então, eu também não tenho vínculo genético nenhum com essa minha tia-avó, apesar de eu também receber um preto-velho e outras entidades que trabalham na Umbanda.

Então, Aline, eu digo para você com toda certeza que existe sim uma “ancestralidade”, entre aspas, quando a gente fala de mediunidade, mas quando eu falo em ancestralidade, eu estou me referindo ao agrupamento espiritual do qual a gente faz parte. No meu caso, por exemplo, eu não tenho vínculo sanguíneo com a família da minha avó, porque a minha mãe foi adotada. Mas eu tenho plena convicção de que a minha ligação espiritual com eles é muito forte, no que diz respeito a esse compromisso mediúnico.

Eu não sei se consegui responder a sua dúvida, eu não sei se era exatamente isso que você queria saber, mas qualquer coisa, pode entrar em contato comigo novamente, pode perguntar. Eu vou ter o maior prazer em te responder. Tá bom?

Mais uma vez eu te agradeço, Aline, por todo o carinho que você tem dado para o podcast e continue nessa sua busca espiritual, que o resultado é sempre muito gratificante. Um grande abraço para você!

E assim a gente termina mais esse episódio. Agradeço a todos por estarem acompanhando os nossos assuntos. Se vocês ficaram com alguma dúvida, entrem lá no site almadepoeta.com.br, mandem uma mensagem para mim que eu terei o maior prazer em responder. E não deixem de acompanhar o alma de poeta. Nós estamos presentes no Deezer, no Spotify, Apple Podcast, Amazon Music, Google Pocast. Você pode ouvir os episódios do podcast na sua plataforma de áudio preferida.

Um grande abraço! Fiquem com Deus! Que o nosso Pai Olorum derrame bençãos na vida de todos!

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