Transcrição do Episódio
Olá, minha família do Axé! Povo da Umbanda, meus irmãos e minhas irmãs de caminhada! Sejam muito bem vindos a mais esse episódio do Podcast Alma de Poeta. Meu nome é Evandro Tanaka, eu sou médium umbandista e nesse podcast a gente fala principalmente sobre Umbanda, mas também a gente conversa sobre Espiritualidade, Mediunidade, além de ouvir aqui as poesias de um preto-velho.
Hoje a gente vai conversar sobre um outro sacramento muito importante que existe na religião de Umbanda. E reparem que eu falei religião de Umbanda porque agora eu estou me referindo exclusivamente ao aspecto religioso da nossa fé. Lembra que eu disse, quando a gente conversou sobre o Batismo, que a Umbanda tem cinco pilares? Aqui nesse episódio a gente vai continuar conversando sobre o aspecto religioso da Umbanda, sobre os sacramentos religiosos. E hoje a gente vai falar sobre o casamento!
Hey! Espera aí! Música errada! Volta, volta, rebobina! Você que vai casar na Umbanda, você não vai ouvir essa música, não! A não ser que você queira… Senão, o que você vai ouvir é algo parecido com isso daqui!
É lógico que existe uma infinidade de pontos de casamento que você pode tocar, né? Esse é só um exemplo. A curimba pode tocar pontos para a entrada dos padrinhos, para a entrada do noivo, para a entrada da noiva. A curimba pode tocar pontos no momento da troca de alianças, no momento da consagração das guias. Isso vai de cada casa. Cada terreiro, cada dirigente tem uma maneira específica de celebrar o casamento. Não existe uma regra, não é uma cerimônia engessada. A Umbanda possui essa maleabilidade de fazer os sacramentos. É assim com o batismo, é assim com o casamento, é assim com o amaci, é assim com o cruzamento de coroa. Mais importante do que o ritual em si, é a manipulação energética que acontece no plano espiritual.
Eu acho que depois do nascimento, o casamento é o segundo evento mais importante que pode acontecer na vida de duas pessoas. Não é mesmo? E que alegria se a gente puder casar dentro daquela fé que a gente professa! Se você é católico, vai sentir uma extrema felicidade de poder casar na igreja! Se você é evangélico, vai com certeza vai pedir para o seu pastor celebrar o casamento. Se você é judeu, vai casar na mesquita, com a presença do rabino. E se você é umbandista, vai querer casar no terreiro, com o Pai de Santo ou a Mãe de Santo celebrando a cerimônia.
A Umbanda, assim como todas as outras religiões, também tem a sua ritualística própria para celebrar o casamento! Lembrando apenas que essa ritualística é maleável. E pelo fato da Umbanda trabalhar diretamente com a espiritualidade envolvida em todos os aspectos da nossa vida, nada mais natural que essa espiritualidade também participe ativamente da celebração do casamento, né?
Não é só o dirigente espiritual que vai estar conduzindo aquela cerimônia. No casamento da Umbanda existe uma participação ativa também dos guias e mentores da casa e das pessoas que estão contraindo matrimônio. Porque o casamento na Umbanda tem a parte material e tem a parte espiritual. A parte material é conduzida pelo Pai de Santo e a parte espiritual é conduzida pelo guia chefe do terreiro.
E que felicidade poder casar em um terreiro de Umbanda, não é mesmo? Que cerimônia linda! Quando a gente faz casamentos na Umbanda, a gente usa e abusa dos elementos da natureza! A gente cobre o chão do abassá com folhas e pétalas de flores! A gente enfeita as paredes, as portas, o teto, com galhos de árvores, com ramas, com buquês! Os noivos, eles podem usar tanto a roupa branca tradicional como também roupas características com as cores que simbolizam os Orixás que regem a coroa de quem está casando. Os noivos costumam usar guirlanda de flores na cabeça. É lindo demais! É no casamento umbandista que a gente vê o contato tão intenso que a nossa religião tem com a natureza!
Lembrando, gente, que o casamento na Umbanda, assim como em qualquer outra religião, pode ser feito com efeito civil ou sem efeito civil. Efeito civil é aquele reconhecimento em cartório. A pessoa para se casar, não necessariamente precisa ter uma cerimônia religiosa. Ela pode simplesmente chegar lá no cartório, com o seu noivo, com a sua noiva e falar: “a gente quer se casar… como a gente faz?”. O escrevente do cartório não vai perguntar para você de que religião que você é. Ele simplesmente vai fazer os preparativos, ele vai cumprir com as formalidades para que esse casamento surta efeitos civis perante a sociedade.
Só que as pessoas que se casam, além do reconhecimento perante a sociedade, elas também buscam uma benção divina, né? Elas buscam o reconhecimento da espiritualidade. E é nesse momento que entra a cerimônia religiosa.
Em 99% dos casos, as pessoas fazem duas cerimônias. Uma no cartório de registro civil para que o casamento seja reconhecido legalmente. E outra cerimônia religiosa, para que o seu casamento seja abençoado por Deus.
Ah, Evandro, mas eu posso fazer uma única cerimônia para que o casamento surta os efeitos civis e religiosos. Poder, pode! Mas daí, o templo religioso tem que estar muito bem estruturado, né? Seja uma igreja, uma mesquita ou um terreiro, o local tem que cumprir com todas as formalidades burocráticas. E é aí que a porca torce o rabo, né gente? No caso da Umbanda, por exemplo, a gente pode contar em uma mão os terreiros que são regularizados. Porque dá um trabalho danado para você regularizar o seu templo religioso.
Você precisa tirar o CNPJ do terreiro, o seu terreiro precisa ter estatuto com ata registrada em cartório, o seu terreiro precisa de alvará de funcionamento, precisa ter inscrição municipal. Você precisa apresentar para as autoridades a regularidade do imóvel, porque não é em qualquer lugar que você pode abrir um terreiro, você precisa ter o registro civil da pessoa jurídica. Gente, é o maior trampo!
Daí, o que a maioria dos terreiros fazem é isso. Trabalhar meio que “na informalidade”, entre aspas, para evitar toda essa burocracia. Até porque, para você regularizar um terreiro, precisa de grana, né? Pra tudo vai dinheiro! Você precisa pagar o contador, você precisa pagar as taxas e emolumentos, você precisa pagar certidões. E não é todo terreiro que tem condição de fazer isso. Muitos terreiros lutam para arrecadar dinheiro entre os trabalhadores para poder pagar o aluguel no final do mês.
Falta dinheiro até para o básico, quanto mais para regularizar a situação legal. Mas enfim, esse não é o tópico do assunto de hoje. A gente está falando sobre o casamento. E o Pai de Santo ou a Mãe de Santo pode fazer a sua inscrição como celebrante religioso para realizar um casamento na Umbanda com efeitos civis. Não tem problema nenhum quanto a isso. É só cumprir com todas as formalidades legais. Daí o dirigente vai lá no cartório e se registra como ministro religioso.
Agora vamos falar um pouquinho sobre os preparativos do casamento na Umbanda. Em muitos terreiros, o dirigente espiritual, a pessoa que vai conduzir a celebração, gosta de fazer uma entrevista com o noivo e com a noiva, separados, para sondar os motivos pelo qual a pessoa está casando. Ou os motivos pelo qual a pessoa está querendo se casar na Umbanda. Está casando por amor? Está casando por interesse? kkk Brincadeira, tá, gente. O dirigente não vai perguntar isso, pelo menos não escancaradamente. Mas ele pode dar uma sondada pelos reais motivos que a pessoa está casando.
Tem muita gente que decide se casar porque a moça engravida, por exemplo. É muito comum de acontecer. Hoje em dia nem tanto, né? Isso era mais antigamente… Hoje em dia a sociedade já aceita melhor a produção independente. kkk. Daí vocês podem me perguntar o seguinte: mas por que essa entrevista? Qual a finalidade? O Pai de Santo ou a Mãe de Santo pode se recusar a casar alguém? Claro que pode! Se o sacerdote desconfiar que existe algo que vai contra os princípios dele ou contra os princípios da Umbanda, ele pode se recusar a fazer o casamento. De repente o cara está se casando coagido, né? Sei lá… O ser humano às vezes tem uns comportamentos que até Deus duvida.
E depois que é feita a entrevista, começam os preparativos para o casamento. É escolhida uma data. Tem terreiro que celebra o casamento antes da gira, tem terreiro que prefere celebrar o casamento em um dia separado. Eu, particularmente, prefiro que o casamento seja celebrado em um dia específico para isso. Para não ter aquela mistura de energias, né?
De gente que vai ser atendida, que está indo buscar ajuda espiritual com aquela energia de amor e de harmonia que deve ter um casamento. Mas isso também vai de casa para casa. Tem casa que não tem disponibilidade para fazer o casamento em nenhum outro dia que não seja o dia de gira. E daí a casa não vai deixar de fazer a gira para celebrar o casamento. Então, vai dos recursos de tempo, de pessoa, de local que a casa tem disponível, né?
Mas assim, voltando um pouquinho… o casamento na Umbanda tem duas partes, né? Assim como é o batismo: Ele tem a parte litúrgica e a parte mediúnica, digamos assim… A parte litúrgica é realizada 100% pela mãe de santo, pelo pai de santo, enfim pelo dirigente do terreiro. E a parte espiritual do casamento é realizada pelo guia chefe da casa que vai estar incorporado no seu médium, que normalmente é o Pai de Santo.
Daí vem o seguinte questionamento: pode uma Entidade da esquerda celebrar o casamento? Olha, na Umbanda não acontece isso pelo seguinte motivo: geralmente o guia chefe da casa, que é responsável pela celebração, ou é um preto-velho, ou é um caboclo, ou é um baiano, de repente um marinheiro… Mas percebam que na Umbanda, o guia chefe é sempre uma Entidade que representa a linha da direita.
Eu, pelo menos, nesses 20 anos de caminhada pela Umbanda, eu nunca vi um guia chefe de terreiro da esquerda. Até porque, se o guia-chefe do terreiro é da linha da esquerda, daí não vai ser mais Umbanda. É quimbanda! É a quimbanda que trabalha quase que exclusivamente com a linha da esquerda. Na quimbanda prevalece a energia de Exú e Pombajira. Na Umbanda prevalece a energia do povo da direita. É por esse motivo que até hoje eu não vi uma entidade da esquerda celebrando um casamento na Umbanda. Agora, se você quiser se casar na quimbanda, daí é outra história! Daí desconsidera tudo isso que eu falei… É outra religião!
Mas voltando ao assunto. Os noivos estão conversando lá com o dirigente para combinar os detalhes da cerimônia… Combinando a decoração do terreiro… Normalmente são os noivos que arcam com os custos dos materiais para decorar o terreiro. A não ser, assim, que eles não tenham condições de pagar por isso, daí, de repente, o pessoal pode até fazer uma vaquinha entre os trabalhadores da casa para ratear esses valores, né?
Lembrando que a Umbanda é simplicidade e humildade né gente? E isso precisa se refletir também na decoração, que deve ser o mais simples possível. Se você quer se casar na Umbanda e quer fazer aquela decoração suntuosa, repensa os seus valores… A Umbanda não é uma religião de ostentação! Na Umbanda, os noivos se casam descalços! Quanto mais simples for a decoração, quanto mais simples for a roupa que você usar no casamento, mais você vai estar se integrando com os valores que defendem a nossa fé!
E olha, gente, simplicidade não é sinônimo de feiura! Muito pelo contrário. Eu costumo dizer que a beleza está na simplicidade! Eu já participei de casamentos extremamente simples, de pessoas humildes, de poucas posses. E essas foram justamente as cerimônias mais lindas que eu já presenciei. Então, eu digo para vocês: levem esse espírito da humildade para o altar também, levem esse espírito da Umbanda, de cultuar a simplicidade, principalmente no dia do seu matrimônio.
Normalmente é o Pai Pequeno ou a Mãe Pequena que cuida dos preparativos do casamento. Que coordena lá as atividades de decoração do terreiro, falando o que pode, o que não pode… Às vezes a noiva quer colocar rosas vermelhas no congá e a casa não aceita. Então, o Pai Pequeno, a Mãe Pequena vai fazendo esse meio de campo. O Pai de Santo fica mais concentrado na ritualística em si.
E os padrinhos? É a mesma coisa do batismo. Você pode ter padrinhos encarnados e desencarnados. Aqui sim, você pode ter padrinhos desencarnados da Linha da Esquerda, sem problema nenhum. Isso segundo a visão que eu tenho da Umbanda, tá gente, eu já expliquei o meu ponto de vista a esse respeito quando eu falei do batismo. Pode ser que a sua casa pense diferente e esta tudo certo!
Quantos padrinhos eu posso ter? Geralmente é um padrinho e uma madrinha encarnados e um padrinho e uma madrinha desencarnados. Não precisa mais do que isso. Ah, Evandro, mas eu não posso ter mais de um padrinho e uma madrinha? Pode gente, mas lembra do que eu disse sobre simplicidade? Tenta deixar as coisas simples!
Uma coisa que eu esqueci de dizer com relação à decoração… às vezes os noivos chamam uma pessoa de fora para ajudar a decorar, né? Na hora de decorar o altar ou os pontos de força do terreiro, é só o dirigente ou a mãe pequena ou o pai pequeno que faz isso, tá? Eu não acho muito aconselhável que pessoas estranhas aos trabalhos que são realizados na casa fiquem colocando a mão no congá ou na tronqueira ou no cruzeiro, porque são nesses pontos que estão as firmezas do terreiro! Então, quer fazer uma decoração lá no congá? Pede pro seu Pai de Santo fazer isso. Não se mete a besta de tocar onde não deve!
E lembra que eu falei que os noivos podem escolher a roupa que vai vestir? Tem gente que prefere casar de branco, né, que é a roupa tradicional… E tem gente que prefere se casar com uma roupa que simboliza a energia do Orixá. Daí, por exemplo, se o noivo é de Xangô, pode vestir uma roupa marrom, se a noiva é de Oxum, pode colocar um vestido dourado, se for de Iemanjá pode usar um azul claro. Mas isso fica a critério dos noivos. Na Umbanda não tem esse negócio: tem que casar de branco!
Agora, os filhos de santo, aqueles que são trabalhadores do terreiro e vão assistir a cerimônia, daí sim eles precisam ir com o uniforme do terreiro, né? Eles precisam estar vestindo a roupa de santo.
E como é que acontece esse ritual? Bom, eu vou passar para vocês a minha experiência, o jeito que eu aprendi e o jeito que eu sei celebrar o casamento. Lembrando que cada casa tem a sua ritualística própria e a gente precisa respeitar.
Normalmente a curimba começa a tocar os pontos que foram ensaiados para aquele momento. Entram os padrinhos, entra o noivo e, por último entra a noiva. Todos se posicionam na frente do congá, onde o Pai de Santo já vai estar aguardando. Daí o dirigente faz uma explanação para as pessoas que estão presentes sobre a importância do casamento, que é uma coisa séria, que é uma grande decisão na vida do casal, que a partir daquele momento eles irão constituir uma família e bla-bla-blá e bla-bla-blá.
Daí o Pai de Santo faz uma explanação do papel dos padrinhos, da importância que eles vão ter na vida do casal como amigos, como conselheiros. Amparando o casal nos momentos de crise, nos momentos de dificuldade.
Às vezes o Pai de Santo dirige a palavra também aos pais dos noivos, falando da importância da união das famílias a partir daquele momento. Que os pais não estão perdendo os filhos, que eles estão apenas ampliando o vínculo familiar que antes era apenas de sangue, mas que de agora em diante vai se tornar um vínculo também espiritual.
E uma coisa interessante no casamento da Umbanda é que a aliança não é obrigatória. É lógico que os noivos gostam de trocar aliança, né, é uma cerimônia bonita e muitos fazem questão de usar a aliança depois de casados. Mas para a Umbanda isso não é requisito. Em compensação, na cerimônia de casamento da Umbanda, os noivos costumam receber guias (eu não estou falando de entidades, tá gente. Eu estou falando daquele colar que se pendura no pescoço).
Dependendo da vertente que a sua casa segue, os noivos recebem guias de contas rosas e azuis (simbolizando Oxum e Oxumaré) ou então recebem guias de contas brancas e azuis (simbolizando Oxalá e Iemanjá). Isso vai da ritualística que a sua casa pratica. E é um momento assim muito bonito, né? Porque a Entidade pega aquelas guias que já foram consagradas, faz o cruzamento e coloca no pescoço do noivo e da noiva, falando palavras sempre muito bonitas.
E tem uma parte na ritualística do casamento na Umbanda que eu acho muito bonita também. Tirando toda aquela parte de juramento que os noivos fazem, né, prometendo ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, etc., que a Umbanda meio que copiou da Igreja Católica. Tem uma parte em que o dirigente pega um cálice com uma bebida bem amarga, normalmente feita de ervas. Daí o Pai de Santo dá essa bebida para a noiva tomar e depois dá essa bebida para o noivo tomar. Um golinho só para sentir aquele amargo.
Daí o Pai de Santo fala assim: “Da mesma maneira que vocês estão sentindo agora o gosto amargo dessa bebida, haverá momentos na vida de vocês em que o amargo da vida se fará presente. Da mesma maneira que vocês dois estão sentindo o mesmo gosto amargo na boca, haverá dias em que a amargura de um se refletirá na vida do outro.”
Daí, em seguida, o Pai de Santo pega um outro cálice com uma bebida adocicada. Geralmente um licor ou um vinho suave ou um suco de frutas e pede para o casal beber. Em seguida ele fala: “E da mesma maneira que agora vocês estão sentindo o gosto adocicado dessa bebida, que tira o amargo que vocês sentiram antes. Assim também virão momentos adocidados para vocês dois, dias bons que apagarão totalmente o gosto amargo dos dias ruins”. Eu acho linda essa cerimônia das bebidas!
Tem uma outra parte do casamento que eu também acho muito bonito. Só que não são todos os terreiros que fazem isso. Essa ritualística normalmente é combinada entre os noivos antes do casamento, porque tem gente que prefere não fazer. Esse ritual consiste no seguinte: o Pai de Santo pega a mão direita do noivo e faz um furinho com uma agulha esterelizada na parte inferior da palma, mais ou menos uns 5cm para baixo do polegar. É um furinho pequenininho só pra tirar uma gotinha de sangue.
Geralmente eles usam aquele aparelhinho pra fazer teste de glicemia. Eu não sei como é que chama aquilo. Daí faz um furinho na mão do noivo, faz um furinho na mão da noiva e pede pra eles juntarem as palmas da mão um com o outro, como se estivessem se cumprimentando. Em seguida o Pai de Santo enrola as mãos dos dois com um pano branco, simbolizando o nosso Pai Oxalá e diz algumas palavras: “Vocês acabaram de sentir um pequeno momento de dor. Mas esse momento de dor serviu para unir o sangue de vocês dois.
E logo em seguida o nosso Pai Oxalá já envolveu a união de vocês com o manto sagrado. Assim como aconteceu aqui, também pode acontecer na vida. Haverá dias em que vocês terão momentos de dor, mas essa dor sempre vai ser minimizada e abençoada com a energia e o amor do nosso Pai Oxalá”. Eu acho fantástico esse ensinamento passado através de uma ritualística.
Bom, pessoal, já estourou o nosso tempo! Eu ia falar para vocês sobre os materiais que são utilizados no casamento, mas eu acho que vai ficar um episódio muito longo, muito pesado. Se vocês tiverem interesse, quem sabe eu aborde um pouquinho desse assunto em algum outro episódio.
Espero que vocês tenham gostado, se tiverem qualquer dúvida, podem mandar para mim que eu respondo. É só entrar lá no site “almadepoeta.com.br” e escrever sua mensagem. Um grande abraço, fiquem com Deus, que o nosso Pai Oxalá abençoe a vida de todos!
boa noite, episódio lindo, lindo demais como os valores da umbanda se casam com os meus, simplicidade é um deles. Nunca quis casamento em igreja e todo o show que acompanha, mas sabendo de como é feito na umbanda, deu até água nos olhos… mas uma dúvida, já me responderam que sim, mas gostaria de mais uma opinião, na umbanda, casais homossexuais podem casar também?
Olá, tudo bem, maravilhoso o texto, tem a segunda parte, ou a continuação ?
adorei o post. foi muito rico e esclarecedor
Fico feliz que você gostou, Simone! Gratidão por ouvir e por dar esse feedback. Um grande abraço.