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Clarividência, Clariaudiência e Sonambulismo

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Existem tipos de mediunidade que não precisam da doação de ectoplasma para acontecer. Dentre esses tipos de mediunidade, a gente encontra a clarividência, a clariaudiência, a intuição, a premonição, a sensibilidade impressionável, a psicografia, a psicofonia, dentre outros.

Transcrição do Episódio

Oi pessoal! Bom dia, boa tarde, boa noite! Tudo bem com vocês? Estamos iniciando mais um episódio do Podcast Alma de Poeta para continuar falando sobre tipos de mediunidade. Desculpem a demora em gravar esse episódio. Geralmente eu tento gravar a cadas 03 dias, mais ou menos, mas esses últimos dias foram muito corridos para mim. Antes eu estava trabalhando só de home-office, depois eu passei a fazer um trabalho híbrido e agora eu voltei 100% no presencial. Daí fica tudo um pouco mais difícil, né?

Mas tudo bem, a gente se organiza por aqui e dá um jeito. Bom… a gente já conversou sobre a mediunidade de efeitos físicos e a mediunidade de cura. E hoje, a gente vai falar sobre a clarividência e a clariaudiência. Meu nome é Evandro Tanaka, eu sou médium umbandista e nesse Podcast a gente conversa sobre Espiritualidade, mediunidade, sobre Umbanda e também sobre poesias recebidas do plano espiritual.

Bom, até agora, a gente conversou sobre os tipos de mediunidades que usam o ectoplasma do médium para produzir os fenômenos, né?

Então, só recapitulando… O ectoplasma dos médiuns podem ser usado para auxiliar na materialização de espíritos desencarnados, que é popularmente conhecido como, de aparições de espíritos. O ectoplasma pode ser usado para produzir medicamentos que vão auxiliar na cura de doenças físicas. O ectoplasma pode ser usado para produzir barulhos, vozes, movimentação de objetos, escritas diretas em superfícies. Ou seja, o ectoplasma serve como um meio para que o espírito possa se manifestar no plano denso da matéria.

Mas existem outros tipos de mediunidade que não precisam exatamente da doação do ectoplasma do médium para acontecer. Ou então, essa doação fluídica ocorre em níveis muito pequenos. Dentre esses tipos de mediunidade, que não usam uma quantidade grande de fluído vital, a gente encontra a clarividência, a clariaudiência, a intuição, a premonição, a sensibilidade impressionável, a psicografia, a psicofonia, dentre outros tipos que existem por aí…

Vamos começar falando sobre a clarividência: A clarividência nada mais é do que você ter a capacidade de enxergar espíritos. Então, dependendo do seu grau de clarividência, você vai conseguir enxergar espíritos com a mesma nitidez com que você enxerga as pessoas encarnadas. Tem muito médium clarividente por aí que tem até uma certa dificuldade de distinguir se a pessoa com quem ele está conversando é um encarnado ou um desencarnado, de tão real que é a imagem.

Mas claro. Isso vai depender da capacidade mediúnica da pessoa. Tem gente que tem uma clarividência já um pouco mais branda. Daí ela vai ver vultos passando de um lado para o outro. Às vezes ela vai ver uma nuvem esbranquiçada no ambiente, Às vezes ela vai ver uma pessoa um pouco transparente. Então, existem diversos níveis de clarividência.

Mas percebam que existe uma grande diferença entre a mediunidade de clarividência e a materialização que ocorre nos fenômenos físicos. Por quê? No fenômeno físico, quando o espírito se materializa na frente das pessoas, todo mundo consegue enxergar aquele espírito, independente se a pessoa tem ou não tem mediunidade. O espírito se materializou usando um elemento que a gente chama de ectoplasma. Mas na mediunidade de clarividência, é só o médium que tem essa capacidade que consegue ver o espírito. Mais ninguém consegue ver.

Então, os médiuns videntes, ou clarividentes, são aqueles dotados da capacidade de ver espíritos desencarnados. E a gente poderia até separar os médiuns clarividentes em dois grupos: tem aqueles que conseguem ver os espíritos em um estado normal, de vigília, quando estão perfeitamente acordados. E por esse motivo, eles guardam uma lembrança nítida daquilo que eles viram. E tem os médiuns que possuem essa capacidade de ver espíritos, mas somente quando eles estão num estado aproximado de sonambulismo. Nesse caso, o médium só consegue ver o espírito desencarnado quando entra numa espécie de transe sonambúlico. Daí quando essas pessoas voltam ao estado normal, elas vão se recordar da experiência que elas tiveram, como se tivesse sido um sonho. Eu já vi médiuns que quando participam de uma sessão espírita, eles dormem… Dormem sentados na cadeira e começam a conversar com as Entidades. Então, naquele estado sonambúlico, eles conseguem interagir com os espíritos desencarnados que estão no ambiente.

Mas assim, pessoal, o médium clarividente, mesmo quando ele é um médium clarividente acordado, ele não fica vendo espírito o tempo todo. Porque senão, a pessoa enlouqueceria, né? Se a pessoa ficasse vendo espíritos o tempo todo, ela teria uma vida muito perturbada e não conseguria aproveitar a experiência reencarnatória dela, como ela deveria. Então, mesmo essas pessoas que tem clarividência, por uma misericórdia divina, elas não conseguem ver espíritos o tempo todo. É muito raro que isso aconteça. São apenas aqueles médiuns excepcionais que já tem um preparo espiritual muito grande que conseguem conviver com essa habilidade de ver espíritos desencarnados o tempo todo.

Eu lembro de um relato que eu li uma vez… agora eu não tenho certeza se era sobre a vida do Chico ou se era sobre o Divaldo Franco. Bom, se tiver algum kardecista aqui ouvindo o epísódio que conhece essa história, depois entra em contato comigo e me fala sobre qual médium esse relato foi escrito. A história que me foi contada foi a seguinte: Esse médium trabalhava numa repartição pública. E de vez em quando, ele tinha que se levantar da mesa onde ele exercia as suas atividades para ir atender o balcão. E isso é muito comum de acontecer nas repartições públicas, né? O servidor tem que atender o público.

E teve algumas vezes que esse médium se levantou e foi até o balcão atender a pessoa que estava chamando por ele. Só que os colegas de repartição viam que, realmente, algumas vezes, ele estava atendendo uma pessoa, só que outras vezes, ele estava conversando sozinho no balcão. Ninguém enxergava com quem ele estava falando. E os colegas começaram a acharam estranho aquilo, né? Será que o cara está ficando louco?

E esse médium, preocupado, foi e desabafou com um colega que ele tinha mais intimidade sobre as coisas que aconteciam com ele. E daí, eu achei muito engraçado, né, que os dois combinaram o seguinte: sempre quando o médium fosse atender o balcão, ele olharia para o colega dele antes para saber se a pessoa era encarnada ou desencarnada. Então, se o colega fizesse um sinal positivo, é que ele também estava vendo a pessoa. Isso significava que era um encarnado. E se o colega fizesse um sinal negativo, é porque não estava vendo nada… Nossa! Deve ser muito estranho, né gente, você ver um espírito desencarnado como se estivesse vivo num corpo de carne e osso.

E esse médium tinha uma capacidade muito grande, não apenas de ver o espírito, como também de ouvi-lo perfeitamente. Que é a clariaudiência, que a gente vai falar mais para frente.

Mas voltando aqui para a clarividência: como eu disse para vocês, essa mediunidade, na maioria das pessoas, não é permanente. Acontece de vez em quando, de uma forma muito passageira. A pessoa viu o espírito, piscou o olho, já não está vendo mais.

Eu tenho uma prima, que quando ela era adolescente, teve uma determinada época da vida dela, que sempre quando ela estava no fogão fazendo comida ou preparando alguma coisa, ela enxergava com o canto dos olhos a figura de um menino. Só que quando ela olhava diretamente para onde o menino estava, ela não via nada. Ela só conseguia enxergar o vulto do menino com o canto dos olhos, com a visão periférica dela. Esse também é um exemplo clássico de clarividência.

Eu vou dar um outro exemplo para vocês: a minha tia (ela já é falecida). E eu lembro quando eu era pequeno, que eu ouvia a minha avó e a minha mãe conversando da capacidade da minha tia de ver espíritos. E a minha tia, coitada, ela morria de medo daquilo. Porque ela sempre via os espíritos dentro de casa à noite, quando ia dormir. E ela tinha tanto medo que ela fechava os olhos, cobria a cabeça com a coberta para não ver aqueles espíritos. Só que, independente do que ela fizesse, ela continuava vendo. Ela falava que, mesmo de olho fechado, ela continuava vendo os espíritos.

Isso acontece, pessoal, porque o médium vidente acredita que vê pelos olhos, mas na realidade é a alma que está vendo aquele espírito desencarnado. A gente tem a impressão que está vendo pelos nossos olhos físicos, mas é o nosso próprio espírito que está conseguindo enxergar o outro espírito desencarnado. Então, gente, é por isso que os médiuns clarividentes conseguem ver os espíritos, tanto de olhos abertos quanto de olhos fechados. Por exemplo: um médium clarividente cego consegue ver os espíritos da mesma maneira que um médium clarividente que tem a visão normal.

Bom, mas vamos lá… continuando aqui… eu não sei se vocês já tiveram essa experiência ou se conhecem pessoas que passaram por isso. É uma coisa muito normal de acontecer. Às vezes, no momento da morte, as pessoas amadas costumam aparecer, em espírito, para se despedir das pessoas de quem elas gostam. Elas vem avisar que estão fazendo a passagem para o outro mundo. E tem inúmeros casos disso, né? De parentes, de amigos que quando estão naquele processo de desencarne, acabam aparecendo, em espírito para pessoas que eles querem bem e que, muitas vezes, estão em locais distantes, às vezes até em outras cidades, outros países.

Outras vezes são parentes e amigos que, embora já estejam mortos há muito tempo, aparecem para nos avisar de algum perigo, para nos dar um conselho ou até mesmo para nos pedir algum tipo de ajuda. Essa ajuda é, muitas vezes, para a execução de algum serviço que eles não conseguem fazer sozinhos. Ou então eles vem para pedir preces.

Essa aparições que eu estou falando são fatos isolados, tá? Tem um caráter muito individual, muito pessoal. Não constitui uma faculdade de clarividência, propriamente dita. Porque a mediunidade de clarividência é frequente. A clarividência se manifesta de uma maneira recorrente na vida do médium. Não é porque você viu o espírito… sei lá… da sua mãe, da sua avó uma vez na vida que você tem mediunidade de clarividência. Isso pode ter sido apenas um fato isolado. É a frequência e a regularidade de aparições que identifica um médium clarividente.

E entre os médiuns clarividentes, tem aquelas pessoas que só vêem os espíritos que foram evocados. Elas chegam até mesmo a descrever, nos mínimos detalhes, a expressão fisionômica, os gestos, os traços característicos do rosto, das roupas e até mesmo os sentimentos que o espírito está revelando. Mas também há outros médiuns que possuem uma clarividência um pouco mais abrangente, digamos assim. Eles têm uma visão um pouco mais geral. Eles conseguem ver toda a movimentação espiritual no ambiente de espíritos indo de lá pra cá, entregues aos seus afazeres. Eles conseguem ter uma visão bem ampla do trabalho espiritual que está sendo feito no centro espírita ou no terreiro de umbanda.

E essa faculdade de ver os espíritos pode, sem dúvida, se desenvolver, através do exercício mediúnico. Mas é muito importante que vocês saibam que esse desenvolvimento deve acontecer de uma maneira muito natural, sem que haja uma cobrança, uma provocação, porque senão o médium corre o risco de se expor às ilusões da imaginação. Lógico, tem aquelas pessoas que já nasceram com esse dom, né? Tem gente que vê espírito desde criança. Para essas pessoas, é uma coisa natural ver espíritos desencarnados.

O que eu digo para vocês, como médium, é o seguinte: a gente deve se contentar e agradecer pela mediunidade que Deus nos concedeu, sem ficar procurando habilidades que estão ainda além da nossa capacidade. Tem um ditado que fala o seguinte: quem tudo quer, tudo perde. Assim também é com a mediunidade. Às vezes, você tem uma mediunidade intuitiva linda, ou uma mediunidade premonitória… Só que daí, você quer mais, você quer ver os espíritos, você quer falar com eles, você quer fazer desdobramento consciente. Daí passa um mês, um ano, dez anos… nada acontece. E você começa a ficar desanimado. Você começa a achar que tudo aquilo não passa de palhaçada, de enganação… E o seu lado racional negativado acaba bloqueando aquela mediunidade linda que você tinha lá no começo. Por isso que eu digo, gente: cultivem aquilo que vocês tem, sem ficar com muitas expectativas. O que tiver que acontecer, vai acontecer, mais cedo ou mais tarde. Se você tiver uma mediunidade latente, vai chegar uma determinada época da sua vida que essa mediunidade vai eclodir. Vai trabalhando o seu sentimento elevado, a sua moral, o amor dentro de você. Porque trabalhando isso, você vai ter uma chance muito maior de desenvolver outros talentos mediúnicos que talvez você nem imagina que tenha. Tá certo?

E aproveitando que a gente está falando sobre mediunidade de clarividência, vamos falar um pouco sobre sonambulismo também? O sonambulismo também pode ser considerado uma espécie de faculdade mediúnica. Só que tem uma pequena diferença: o sonâmbulo age por influência do seu próprio espírito. É a alma do sonâmbulo, nos momentos de emancipação, ou seja, naqueles momentos em que a pessoa está dormindo, que vê, ouve e percebe o mundo espiritual, muito além dos limites dos sentidos do corpo físico. Então, tudo aquilo que o sonâmbulo diz, na maioria das vezes, vem dele mesmo. São as impressões que ele está captando do mundo espiritual. Só que, de uma maneira geral, as ideias do sonâmbulo são mais amplas do que quando a pessoa está no estado de vigília. Os conhecimentos do sonâmbulo transcendem o cérebro físico. Porque, estando o espírito emancipado do corpo físico, ele consegue ter lembranças que ele não teria se estivesse acordado. Porque a alma dele está livre naquele momento, né? A gente poderia dizer que o sonâmbulo vive, momentaneamente, a vida dos espíritos desencarnados. Ele vive por antecipação, a vida dos mortos.

O sonâmbulo é diferente do médium, porque o médium serve de instrumento para uma outra inteligência se manifestar. O médium é um agente passivo que diz o que não é dele. O sonâmbulo não! Ele é a própria inteligência se manifestando. Porque o sonâmbulo age pela influência do seu próprio espírito. O sonâmbulo exprime o próprio pensamento. Vocês entendem? Mas é lógico que um espírito desencarnado também pode transmitir as suas ideias, através de um médium sonambúlico. Mas nesse caso, o médium sonambúlico vai atuar como um garoto de recados. Ele vai repetir o que a entidade está falando para ele. Porque a comunicação dele com o espírito se torna muito mais fácil.

Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente os espíritos e os descrevem com a mesma precisão dos médiuns clarividentes. Os sonâmbulos podem conversar com eles como se estivessem conversando com alguém encarnado. Afinal de contas, no estado sonambúlico, o espírito do sonâmbulo está na mesma dimensão do espírito desencarnado. Então, quando o sonâmbulo fala alguma coisa que foge muito do conhecimento pessoal que ele tem, geralmente essas ideias são sugeridas por outros espíritos.

Eu vou dar um exemplo para vocês de um caso que aconteceu. Tinha um determinado centro que usava um rapazinho como médium sonâmbulo. O rapaz devia ter uns 14 ou 15 anos de idade. E esse adolescente, quando estava acordado, demonstrava ter uma inteligência bastante curta. Tipo, o grau de instrução dele era extremamente limitado. Só que quando ele estava em estado sonambúlico, ele adquiria uma lucidez extraordinária! Ele mostrava muita perspicácia, principalmente para identificar doenças nas pessoas. E esse menino chegou a fazer curas consideradas impossíveis.

Daí teve um certo dia, que o rapaz estava atendendo um doente, em transe sonambúlico. E ele descreveu exatamente a doença que a pessoa tinha, como costumava fazer sempre. E daí, os trabalhadores da casa que estavam presentes disseram para ele assim: “Legal! Você identificou a doença, mas agora é necessário passar o remédio”. E o médium sonâmbulo respondeu que não podia, porque o anjo doutor dele não estava lá. Daí as pessoas acharam estranho e perguntaram: “Mas quem é esse que você chama de anjo doutor?”. Ora, é aquele que prescreve os remédios, respondeu o rapaz. “Eu apenas identifico a doença, mas é o meu anjo doutor que prescreve a medicação”. E as pessoas ficaram surpresas, né? “Nossa! Como assim? Então não é você que prescreve os remédios?”. E o garoto respondeu: “Não! Eu apenas identifico a doença, mas eu não tenho conhecimento suficiente para prescrever o remédio correto. É o meu anjo doutor que indica”.

Vocês estão conseguindo perceber como é que funciona a coisa? Nesse exemplo que eu dei, era o garoto sonâmbulo que via a doença com o seu próprio espírito, porque para isso, ele não precisava de assistência. Mas a indicação dos remédios era feita por um outro espírito. E se esse espírito não estivesse presente, o rapaz não podia fazer nada. Sozinho, ele era apenas um sonâmbulo. Quando o espírito estava presente, que ele chamava de anjo doutor, daí ele se tornava um médium sonâmbulo.

E assim, pessoal, só lembrando que essa faculdade sonambúlica depende apenas do organismo da pessoa. O sonambulismo, assim como os outros tipos de mediunidade, não tem nada a ver com a elevação moral da pessoa ou com o adiantamento espiritual. Às vezes, um sonâmbulo pode ser muito lúcido, mas incapaz de resolver determinadas questões. Se o espírito do sonâmbulo for pouco adiantado, ele sozinho não vai ter condições de ajudar muito. Vai precisar sempre da ajuda de um guia espiritual.

Porque um sonâmbulo pode dizer tanto coisas boas quanto coisas más. Ele pode falar tanto a verdade quanto a mentira. Isso vai depender do grau de elevação da própria pessoa. Então, muitas vezes, um espírito desencarnado, de uma hierarquia superior, vem suprir as deficiências do médium sonambúlico. Só que, dependendo da condição moral do médium que está dormindo, ele também pode acabar sendo usado por espíritos mentirosos, levianos ou até mesmo maus. Então a gente precisa tomar muito cuidado com essas comunicações. Não só a comunicação do médium sonambúlico, né, mas qualquer tipo de comunicação mediúnica. É a qualidade moral elevada do médium que vai atrair os espíritos bons.

Agora, para terminar esse episódio, vamos falar rapidamente sobre os médiuns clariaudientes. Bom, se os médiuns clarividentes são aqueles que vêem os epíritos, os médiuns clariaudientes são aqueles que ouvem os espíritos. Em algumas pessoas, é uma vozinha interna, de foro íntimo, que se faz ouvir lá dentro da mente. Em outras pessoas, é uma voz interna, clara e distinta, como se fosse a voz de uma pessoa viva.

Os médiuns clariaudientes são aqueles que podem conversar com os espíritos, mesmo que não consigam enxergar eles. Porque nem todo médium clariaudiente é clarividente. Às vezes a pessoa só ouve o espírito falando, mas não enxerga. Só que quando o médium clariaudiente adquire o hábito de conversar com os espíritos, ele consegue identificar quem está conversando com ele, pelo timbre de voz, igual a gente consegue identificar a voz de uma pessoa conhecida.

E eu vou dizer uma coisa para vocês: a clariaudiência é muito agradável quando a gente só ouve espíritos bons. Porque nesse caso, a gente só vai ouvir coisas boas, sons agradáveis. Mas quando o médium clariaudiente começa a ouvir espíritos ruins, daí vira um verdadeiro suplício! Porque o médium vai começar a ouvir coisas desagradáveis, xingamentos, ameaças, grosserias as mais inconvenientes. Só que cabe ao próprio médium se desembaraçar desses espíritos ruins. E ele só consegue isso, mudando o seu estado vibratório.

A mesma coisa acontece com os médiuns clarividentes. Se ele tem pensamentos, sentimentos e atitudes boas, só vai ver espíritos de luz ao seu redor. Mas se ele tem uma vida torta, daí vai ver espíritos deformados, sombras escuras, figuras horripilantes ao seu lado.

Bom, pessoal, acho que já deu o nosso tempo… Hoje nós falamos sobre a clarividência, a clariaudiência e sobre o sonambulismo. No próximo capítulo, a gente termina esse assunto sobre mediunidade. Nós vamos falar sobre a psicofonia, a psicografia, a intuição e a incorporação.

Se vocês gostaram do episódio de hoje, continuem acompanhando o Alma de Poeta pelas principais plataformas de áudio. Nós estamos presentes no Amazon Music, no Deezer, Google Podcast, Apple Pocast, Youtube, no Spotify. E você também pode acompanhar os nossos episódios acessando o nosso site: almadepoeta.com.br.

Entrem lá, mandem uma mensagem para mim que eu vou ficar muito feliz em responder. Um grande abraço a todos! Que o nosso Pai Oxalá os abençoe e até o nosso próximo encontro!

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3 comentários
  • Gostei muito dia ensinamentos sobre sonambulismo acima, mas tenho dúvidas:
    . Qual a relação do corpo que se movimenta dormindo com o sonambulismo onde o Espirito fica semi liberto e exerce suas faculdades anímicas ou mediúnicas?

  • Muito bom o tema acima, realmente abrangente e elucidativo…
    Fiquei com uma dúvida sobre
    Sonambulismo:
    Qual diferença do sonambulismo anímico ou mediúnico, com aquele corpo físico que anda dormindo?
    O Espirito está com este corpo? Está semi-liberto?

  • Adorei seu episódio. É a primeira vez que vejo e estava procurando exatamente por uma resposta assim, clara e objetiva, pois eu vejo durante as sessões, mas parece que estou dentro da visão. E eu confundia com desdobramentos, só que sem estar com o perispírito ali.
    Não sou médium umbandista, sou médium kardecista, trabalho na mesa com psicofonia e clarividência. Como ocorre com a incorporação, eu só vejo quando estou trabalhando mesmo, fazendo o bem ou quando me concentro e procuro ver. Mas eu não faço por curiosidade ou dinheiro, ou qualquer gratificação pessoal. Quando eu estou mediunizado, no caso da clarividência, eu vejo tudo o que está acontecendo, mesmo que esteja longe. Isso é útil quando vou resgatar algum irmãozinho e sobretudo quando meu mentor se apresenta, para que eu o veja antes dele incorporar e cumprimentar a mesa de trabalhos. É uma mediunidade muito linda, útil e que foi difícil para desenvolver.
    A incorporação foi mais fácil, mas a clarividência não, pois eu sou muito “Tomé”, no bom sentido, e eu ficava relutando: vi, ouvi… foi imaginação ou mediunidade? Demorou para que eu dominasse a faculdade e me entregasse ao meu mentor com confiança, coitado dele. Mas valeu a pela, só por poder ajudar, como Jesus ensinou pela parábola do óbulo da viúva, com o pouco que tenho, me sinto muito agradecido.

    Muito obrigado!

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