Transcrição do Episódio
E aí, pessoal! Bom dia, boa tarde, boa noite! Tudo bem? Fala uma coisa para mim: vocês estão gostando dos assuntos tratados aqui no Podcast? Às vezes, eu fico meio na dúvida, porque de repente eu penso em falar sobre algum assunto que eu acho bacana, que eu acho relevante que seja explicado, mas de repente, vocês nem estão muito interessados em saber daquilo, né?
É igual as dúvidas que eu vou respondendo no Podcast, né? Para mim, particularmente, ficou melhor de responder as dúvidas diretamente nos episódios do que ficar respondendo na particular, porque assim, eu consigo ganhar tempo na gravação dos episódios, sem contar que a dúvida de vocês pode ser a dúvida de muitas outras pessoas também, né?
Daí, o que acontecia, antes de eu começar a responder as dúvidas aqui no Podcast, eu respondia no particular para a pessoa que perguntou, só que daí eu ficava pensando. Espera aí… Até que essa dúvida é bem interessante para a gente falar no podcast também. E no final, eu acabava discorrendo sobre aquele assunto duas vezes: uma vez para a pessoa que perguntou e a segunda vez gravando para o áudio para ser publicado. Daí, eu pensei assim… quer saber de uma coisa, eu acho que vou começar a postar todas as dúvidas no Podcast. Até porque as dúvidas estão se acumulando e eu não estou dando conta.
Mas vamos lá… Hoje eu vou deixar as dúvidas para o final, tá? Eu vou deixar as dúvidas dos ouvintes para o final porque primeiro eu quero falar sobre um assunto com vocês. No episódio de hoje, eu quero falar sobre um outro ritual que existe na Umbanda, chamado cruzamento. Algumas pessoas consideram até esse ritual do cruzamento como sendo um dos Sacramentos da Umbanda.
Eu não lembro agora se eu já falei para vocês em algum episódio, mas a Umbanda, sendo uma religião magística, ela possui vários sacramentos. Quais são os principais sacramentos que a Umbanda tem? – O batismo é um sacramento, o casamento é outro sacramento, o funeral também é um sacramento. O que mais que tem? Na Umbanda, a gente tem o sacramento da confirmação, a feitura (que é diferente da feitura realizada no candomblé, tá). Tem as deitadas que são sacramentos ritualísticos também. Tem a Coroação do médium que possui uma missão sacerdotal. E tem o cruzamento que, como eu disse antes, também pode ser considerado um tipo de sacramento.
Bom, vamos lá! Então, hoje, a gente vai conversar sobre o cruzamento. Mas, lembrando, tá gente… Pelo fato da Umbanda ser uma religião muito eclética, assim, praticamente uma religião multicultural, é natural que essa mistura toda de diversidade crenças e pensamentos também se reflita na parte ritualística e, consequentemente, na realização dos sacramentos. Então, cada casa vai realizar os sacramentos e os rituais de acordo com o que eles acreditam, de acordo com a doutrina que eles seguem.
Por exemplo, se for uma casa de Umbandomblé, talvez o sacramento da feitura seja de um jeito totalmente diferente da feitura que seria realizada numa casa que pratica a Umbanda com um viés mais kardecista, ou com um viés mais católico, ou com um viés mais xamânico. Então, eu só estou reforçando esse ponto com vocês porque, de repente, eu posso falar algum ritual aqui que não é praticado no seu terreiro. Ou que seja praticado de uma maneira diferente da que eu expliquei. E está tudo bem! Se foi a espiritualidade que determinou fazer o ritual de uma maneira ou de outra, está tudo certo!
Lembra o que eu disse? A Umbanda não é uma religião engessada. Não existe esse negócio de falar: “Ah, o jeito que você está fazendo não é o certo. Tem que fazer assim ou tem que fazer assado.” Na Umbanda não tem isso, tá? Tudo vai depender da vertente religiosa que o seu dirigente espiritual adota. Se o seu Pai de Santo segue a Umbanda Popular, vai ser de um jeito. Se o seu Pai de Santo segue a Umbanda Esotérica, vai ser de outro. Se o seu Pai de Santo segue a Umbanda Sagrada, vai ser de outro. E assim por diante. E todas as formas estão certas dentro da fé que eles alimentam, todos os rituais e sacramentos vão ter a benção da espiritualidade, desde que feito com amor, com devoção, com respeito.
Mas vamos lá! Pára de enrolar, Evandro e entra logo nesse assunto!
Olha só… quem de vocês já ouviu falar nesse ritual de cruzamento? Eu estou falando do sacramento em si, que não tem nada a ver de você levar uma guia ou uma imagem para a entidade cruzar, tá? Vocês que frequentam terreiro, muito provavelmente vocês já fizeram isso, né? Ou pelo menos já viram alguém fazendo… da pessoa levar santinhos, imagens ou fazer uma guia de proteção e pedir para as Entidades cruzarem. “Oh, Pai Antônio, o senhor pode cruzar para mim essa guia?”.
Nesse caso, o que a Entidade está fazendo? Ela está imantando aquele objeto “energeticamente” para que sirva como um instrumento de conexão com o plano espiritual (ou com Deus, com os Orixás, como vocês queiram chamar o Plano Astral Superior). Então, quando uma Entidade cruza uma guia de proteção, por exemplo, ela está fazendo três coisas: primeiro ela está limpando aquele objeto de qualquer impureza espiritual que ele tenha. Segundo, ela está imantando aquele objeto com energias boas, energias provenientes do Astral Superior. E terceiro, gente… uma coisa que pouca gente sabe, que eu vou falar para vocês… Quando uma Entidade cruza uma imagem, quando uma Entidade cruza uma guia, ela está colocando sabe o quê? Um vínculo energético naquele objeto para que os seus guias espirituais, para que a espiritualidade consiga monitorar, não só você, mas também monitorar o ambiente à distância. Vocês sabiam disso?
O plano espiritual chama isso de endereço vibracional. O que é isso? Vamos fazer uma brincadeira. Imagina o seguinte: Você foi lá na loja e comprou um celular, né? Você está com um celular novinho! Só que, por enquanto, esse celular não serve para nada, porque ele não tem um chip. Certo? Você não vai conseguir fazer ligação com ele, você não vai conseguir acessar a internet, você não vai conseguir usar o whatsapp. Você não vai conseguir fazer nada!
Até que você vai lá na operadora e pede para o funcionário lá colocar um chip no teu celular para que aquele aparelho seja de alguma utilidade para você. Daí, quando o teu celular já estiver com um chip, você vai conseguir ligar para as pessoas, você vai conseguir se conectar na internet, mandar mensagem, etc…
Agora, vamos passar esse exemplo tosco que eu acabei de falar para a Umbanda. Só que ao invés de ir na loja da Apple comprar um iphone, você vai numa loja de Umbanda e compra uma guia de proteção. Lembra do celular que eu falei? Enquanto você não colocar um chip no celular, ele não vai servir para nada? Com a guia de proteção é a mesma coisa! Enquanto essa guia de proteção não for cruzada pela Entidade, ela também não vai servir para muita coisa, além de enfeitar o seu pescoço.
Daí você pensa assim: Bom, eu tenho que ativar as funcionalidades dessa guia de proteção. Quer saber de uma coisa, eu vou levar ela lá no terreiro para o preto-velho cruzar. E você leva a guia de proteção no dia da gira, entrega para a Entidade incorporada e pede para ela cruzar a guia. “Oh, seu preto-velho, eu queria carregar essa guia comigo para me proteger. Será que o senhor pode cruzar ela para mim?”.
E se a Entidade concordar em cruzar a guia para você, ela vai lá fazer a ritualística dela, vai baforar o cachimbo, vai mergulhar a guia numa cumbuca de água com ervas ou então no marafo, vai fazer todos os paranauês que ela sabe. Só que, na verdade, o que a Entidade está fazendo? Ela está colocando um chip na tua guia de proteção!
Da mesma maneira que um funcionário da Operadora de Telefonia colocaria um chip no teu celular para que você tenha condições de usar o aparelho e se conectar com outras pessoas, de se conectar com a internet, assim faz a espiritualidade com a tua guia de proteção.
Ela coloca um chip na tua guia de proteção. Eu estou falando “chip”, mas é brincadeira tá gente! Na verdade, a Entidade vai estar estabelecendo um “endereço vibracional” naquele objeto, imantando ele para que você tenha uma facilidade maior de entrar em contato com os seus guias espirituais, para que você consiga, por meio daquele objeto imantado, de acessar o plano espiritual e se conectar com “boas energias”. Vocês entenderam?
Só que, lógico, né gente, vocês não vão chegar para um preto-velho e falar assim: “Oh preto-velho, coloca um chip aqui na minha guia para eu poder me conectar”. Uma que o preto-velho não vai entender nada do que você está falando, né? Porque eu acho que o preto-velho não deve ouvir o Alma de Poeta. Mas se você chegar para ele e falar assim: “Pai Fulano, o senhor pode cruzar a minha guia?”. Daí sim, você pode ter certeza que ele vai entender perfeitamente o que você quer que ele faça.
Mas beleza, eu dei essa baita volta aqui, falando de cruzar guia e cruzar imagem, só para vocês terem uma ideia do que significa e perceberem que o ritual do cruzamento, como um sacramento da Umbanda, não tem nada a ver com o que eu acabei de falar, tá? Vamos lá… eu vou explicar para vocês:
No ritual de cruzamento, normalmente é a Entidade incorporada no médium que faz o procedimento. Esse procedimento consiste no seguinte: A Entidade pega um pedaço de pemba (quando eu falo Entidade, vocês entendem, né? É o médium incorporado). Então, o médium incorporado pega um pedaço de pemba ou, então, a pemba ralada. E com a pemba, marca o corpo da pessoa que está sendo cruzada. E por que chama “cruzamento”? Porque nesse ritual, a Entidade ou a pessoa que está procedendo à cerimônia, marca o corpo da pessoa que está sendo cruzada fazendo pequenas cruzes em determinados pontos, em cima dos principais chackras.
Então, a Entidade incorporada, geralmente, desenha uma cruz na testa do médium, no tórax, no umbigo, na nuca, nas costas, na palma das mãos e no peito dos pés. Quer dizer, não é simplesmente desenhar, né? Tudo isso vem acompanhado de orações, de cantos, de invocações. Dessa forma, a Entidade vai cruzando e abençoando esses no corpo da pessoa que está sendo cruzada, preparando aqueles pontos energéticos para receber com mais intensidade a energia dos seu guia espiritual.
É por isso que o cruzamento é feito em cima dos chackras. Porque são nesses pontos energéticos que a espiritualidade vai trabalhar. Entende? E para que serve esse sacramento? Por que o médium trabalhador precisa ser cruzado? O cruzamento serve, primeiro para desobstruir os canais mediúnicos através da limpeza e harmonização dos chackras. Então, o cruzamento é um ritual de energização e purificação.
Quando o médium trabalhador do terreiro passa pelo cruzamento, tem toda uma equipe espiritual presente, manipulando as energias nos pontos de força do corpo do médium para que a conexão dele com os guias espirituais da casa fique mais forte. A gente poderia dizer que o cruzamento é como se fosse uma sintonia fina, uma ajuste na antena receptora do médium para que ele capte melhor os sinais emitidos pelo plano espiritual. Às vezes, a comunicação mediúnica com o guia espiritual da pessoa está meio truncada, está falhando, está com chiado, digamos assim. Daí, por meio desse sacramento, a equipe espiritual ajusta os chackras do médium para que ele consiga sentir melhor a presença dos guias, a presença das Entidades que trabalham com ele no terreiro.
Então, essa é a principal função do cruzamento: ajustar a sintonia do médium e fortalecer o canal de comunicação com o plano espiritual. Agora, uma outra função do cruzamento é auxiliar o médium para que ele não pegue a carga energética negativa das pessoas que estão recebendo ajuda na gira. E isso é muito importante para que o médium trabalhador se mantenha equilibrado. Ele precisa estar protegido para não absorver as energias pesadas, as energias densas que vão ser retiradas das pessoas.
Lógico, o cruzamento, por si só, não vai fazer milagre quanto a isso, né? Para o médium se proteger das energias negativas, a Umbanda oferece um monte de outros recursos: tem os banhos de ervas, a defumação, os preceitos, as firmezas, as orações. O Sacramento na Umbanda é só mais uma das ferramentas que o médium pode utilizar para se manter protegido e equilibrado.
Mas, eu repito uma coisa para vocês, pessoal: tudo isso que eu estou falando para proteção e equilíbrio do médium… Tudo isso não vale de nada, se o médium não tiver uma boa conduta! Não adianta a pessoa passar por todos os Sacramentos da Umbanda, tomar todos os cuidados possíveis, se ela não tiver uma boa atitude perante a vida, perante os outros. Se ela não fizer boas ações, se ela não praticar bons atos. Está certo? Fica a dica aí para vocês!
E assim, pessoal, tem um outro tipo de cruzamento também, que algumas casas fazem, que tem uma função totalmente diferente da que eu falei para vocês até agora. Porque tem algumas casas que, em determinadas épocas do ano ou dependendo do momento, passam os médiuns trabalhadores por um ritual de cruzamento, não para abrir os pontos energéticos, como é o mais comum de acontecer, mas sim para fechar. Isso acontece muito na Quaresma, quando alguns terreiros suspendem as atividades. E para o médium não ficar exposto, para o médium não ficar vulnerável às energias da quaresma, eles acabam passando por um tipo de cruzamento que tem a função justamente de fechar, temporariamente, os canais mediúnicos da pessoa.
Mas assim, no caso de cruzamento para suspender a mediunidade dos trabalhadores em determinadas épocas do ano, não são todos os terreiros que fazem, tá? Até porque, não são todos os terreiros que interrompem os atendimentos na quaresma, por exemplo. Tem terreiro que continua tocando as giras normalmente, tem terreiros que impõem algumas restrições. Então, vai da casa que você está frequentando.
Mas assim, pessoal, esse ritual do cruzamento do médium, de uma maneira geral, tem um significado muito mais profundo do que as pessoas imaginam. Porque o ato de você fazer o sinal da cruz, por si só, já tem uma força magística-espiritual muito grande, né? Não é à toa que a Igreja Católica adota essa prática há milênios! Porque quem implantou isso na Igreja, com certeza era um profundo conhecedor da magia e sabia da força energética que existe em se fazer o sinal da cruz.
Porque, gente, quando vocês fazem o sinal da cruz, rasgando o ar de cima para baixo e da esquerda para a direita, sabe o que vocês estão fazendo, na verdade? Vocês estão abrindo canais de comunicação, vocês estão abrindo vórtices energéticos do plano espiritual para o plano material. O ato de fazer o sinal da cruz é como se você estivesse decretando para o Universo a abertura de canais de comunicação. E olha, gente, esse ato de fazer o sinal da cruz, ele pode ser usado para diversas finalidades. Não é só para pedir a benção de Deus! Tem muita gente que entende de magia, que usa esse artifício para ativar determinados trabalhos, até mesmo para fins menos nobres, sabe?
Mas, enfim, aqui no Podcast, a gente só vai ensinar o lado bom da coisa, né? Quem quiser usar magia para fazer coisas erradas, que procure em outro lugar e aguente com as consequências depois!
Mas vamos lá, pessoal, voltando aqui para o ritual do cruzamento. Será que existe algum outro propósito, além desses que eu falei para vocês até agora? Para que mais serve esse sacramento além de abrir e fechar pontos energéticos, além de ajustar a sintonia do médium com o seu guia espiritual preparando os vórtices energéticos de acoplamento?
Bom, em muitas casas, o cruzamento tem uma função de graduação do médium dentro do terreiro, graduação do médium junto ao serviço mediúnico que existe naquele solo sagrado. É como se, por meio do cruzamento, o médium se tornasse mais “confiável”, digamos assim, para a equipe espiritual. Eu não sei se confiável seria a palavra certa, mas é que não está vindo nenhuma outra palavra mais apropriada na minha cabeça nesse momento. Por exemplo, quando o bicho está pegando nos trabalhos e a Espiritualidade precisa fazer algum procedimento mais delicado, elas vão pedir para aquele médium que já passou pelo sacramento para ajudar. Por que assim, teoricamente, aquele médium estaria mais sintonizado com a equipe espiritual da casa. Entende?
Então, assim, esse é só um jeito de explicar para vocês porque, eu particularmente, não gosto muito desse negócio de hierarquia dentro do terreiro, sabe? Eu acho que a hierarquia, o cargo, só serve para insuflar a vaidade do médium. E isso não é legal para um trabalho que exige humildade. Mas, enfim, tem casa que presa pela hierarquia. E se você frequenta uma casa que dá importância às graduações, ao cargo que a pessoa ocupa na gira, eu acho que você precisa respeitar isso também.
A gente sabe, né pessoal, que o ser humano tem defeitos. Mas apesar de todos os defeitos que nós temos, mesmo assim nós buscamos a lapidação do nosso espírito, mesmo que seja inconscientemente. E muitas pessoas buscam a evolução do espírito por meio das religiões. E se a gente seguir essa linha de raciocínio, eu penso que na ritualística de Umbanda, o cruzamento, antes de tudo, tem o intuito de fornecer um realinhamento entre o divino, o sagrado e o mundano, o terreno. O cruzamento atua como um facilitador para aproximar o plano astral do plano material. E nesse sentido, o cruzamento acaba envolvendo o médium num processo transcedental, sabe?
Então, assim, eu acho maravilhoso que os umbandistas passem pelos sacramentos da religião, se tiverem a oportunidade para isso. O Amaci, o Batismo, o Cruzamento que a gente falou hoje, a Feitura, as Deitadas, a confirmação, o Casamento, a coroação para quem tiver o compromisso sacerdótico e até mesmo o funeral! Por que não? Apesar desse ser o único sacramento na Umbanda que a gente torce para que demore bastante para acontecer, né? Vai chegar um dia em que a gente vai passar dessa para melhor (ou dessa para pior, né? Dependendo do seu estilo de vida).
Mas quando chegar a hora da passagem. Eu, como espírito, vou ficar muito feliz se as pessoas que cuidarem do meu ritual fúnebre, aplicarem no meu corpo, que já não estará mais vivo, o sacramento nos moldes da Umbanda.
Apesar da gente não estar nem próximo do dia de finados. Eu estou gravando esse episódio aqui no mês de fevereiro, Sei lá… Eu fiquei com vontade de colocar essa poesia aqui para vocês ouvirem. Uma homenagem às pessoas que já partiram. Lembrando, gente, que essa poesia foi passada por um espírito, tá? Alguém que já vive do lado de lá, então, nos versos, vocês vão perceber que ele está passando o ponto de vista da visão que ele tem hoje sobre a morte. Vamos ouvir?
Dois de novembro é Dia de Finados, em vários lugares comemorado para homenagear os que partiram. A alegria dos que estão deste lado, na lembrança dos entes amados, faz reviver os amores que viram. Dois de novembro é o Dia dos Mortos, mas se existe a morte, não me importo! Estamos mais vivos do que nunca! O que fizemos, foi uma passagem, mudando apenas a roupagem, deixando as vestes na calunga. Tristeza de uns, alegria de outros, entre despedidas e reencontros, vamos fazendo a vagarosa subida. Cada mergulho que damos no mundo experimentamos, no orbe fecundo, a emoção de desfrutar a vida. No Dia de Finados, estamos em festa, quando o grande Orixá se manifesta na força pulsante de Obaluaiê. A festividade pode até mudar de dia, mas elas trazem a mesma energia comemorando a transformação do ser. Obaluaiê é a força transformadora que faz da doença, fonte curadora para os desequilíbrios da alma. Orixá que controla os portões da morte, com suas falanges, sempre a dar suporte, promovendo harmonização e calma. A palavra "morto" é apenas uma incorreção que nós aqui mantemos, por tradição, pois sabemos que a morte não existe. Mas enquanto o ser humano não desperta nós deixaremos mais esta porta aberta para as mentes que ainda resistem. Estamos, neste dia, unidos em pensamento, com a felicidade sublime deste momento para vir retribuir todo o carinho. Aproveitamos o Dia de Finados para incentivar nossos filhos adorados a perseverarem sempre no caminho.
Muito legal essa poesia, né gente? Eu amo esses versos que eles me trazem sempre com tanto carinho, com tanto amor! Bom, gente, eu ia aproveitar esse episódio para tirar mais algumas dúvidas dos nossos ouvintes, mas por causa do tempo de gravação, que já estrapolou os vinte minutos que eu costumo falar. E para não ficar um episódio muito longo, eu vou deixar para tirar essas dúvidas no próximo episódio. Está bem? Eu prometo que o próximo episódio eu já começo esclarecendo para vocês algumas dúvidas que vocês mandaram.
Espero que vocês tenham gostado do episódio de hoje que a gente falou sobre o ritual do cruzamento como um sacramento da Umbanda. Espero que vocês tenham gostado da poesia que a Espiritualidade passou. E se vocês estão gostando do podcast, entrem lá no nosso site: almadepoeta.com.br, ouçam os outros episódios que estão disponíveis para vocês. Se vocês puderem, naveguem lá pelos patrocinadores, pelas propagandas que aparecem, porque assim vocês acabam ajudando o Podcast também a angariar recursos para se manter no ar.
Está certo, gente? Bom, já que a gente tocou nesse assunto de ritual fúnebre, vamos ouvir uma poesia do Pai Antônio que fala sobre o dia de finados?
Está certo, gente? Bom, já que a gente tocou nesse assunto de ritual fúnebre, vamos ouvir uma poesia do Pai Antônio que fala sobre o dia de finados?
E se vocês quiserem colaborar mais efetivamente com o nosso trabalho, cogitem a possibilidade de fazer uma doação para o Alma de Poeta. Tem uma página lá que vocês podem colaborar financeiramente… mandar um pix, fazer uma transferência, um depósito… Enfim, existem várias maneiras de vocês ajudarem o nosso trabalho.
E aproveitando que a gente está falando disso, eu quero agradecer a contribuição da Thaís. Eu não vou mencionar o seu nome completo aqui, Thais, para o pessoal não ficar te curiando internet, Mas só para dizer que a gente recebeu a doação que você fez no pix. Agradeço de coração a sua ajuda. Saiba que esses recursos estão sendo muito importantes para manter o nosso projeto funcionando.
E eu fiquei muito feliz com a sua mensagem, elogiando a didática do Podcast, viu Thais. Ainda mais um elogio vindo de uma professora! Quer honraria melhor que essa? Eu ainda não tive tempo de responder a sua mensagem no particular, como eu gostaria. Eu estou tentando respeitar a ordem cronológica aqui para responder as mensagens mais antigas. Mas pode deixar que eu te dou um retorno em breve, tá bom? Hoje foi só para agradecer a tua ajuda. A Thaís que mora na cidade de Campo Largo. Eu não conheço, mas eu acho que é Paraná, né, onde você mora? Gratidão, viu Thais! Que os nosso Orixás Sagrados continuem abençando a sua vida!
E não se esqueçam, pessoal, o Alma de Poeta também está disponível para vocês ouvirem nas principais plataformas de áudio. Às vezes você prefere ouvir o podcast pelo Spotify, pelo Deezer, pelo Amazon Music, pelo Google Podcast, Apple Podcast, até mesmo pelo Youtube! Não tem problema nenhum! Você pode ouvir o Alma de Poeta pela sua plataforma de áudio preferida!
Um grande abraço, meus irmãos, minhas irmãs, minha família espiritual de Podcast. Fiquem com Deus, que o nosso Pai Maior continue iluminando o caminho de todos vocês.
