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Uma Visão Africana dos Orixás

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Para os Iorubás, principalmente aqueles povos mais antigos e tradicionais que viveram na África, nos séculos passados, os Orixás eram divindades que receberam de Olodumaré a incumbência de criar e governar o mundo. Ao contrário do que muita gente pensa, os africanos não eram politeístas, mas acreditavam em um único Deus Supremo.

Transcrição dos Episódios

Olá, meus irmãos e minhas irmãs de caminhada! Bom dia, boa tarde, boa noite a todos! Sejam bem vindos a mais um episódio desse Podcast que fala sobre Umbanda, Mediunidade, Espiritualidade e poesias transmitidas pelos nossos queridos guias espirituais. Hoje, eu quero dedicar esse episódio para passar para vocês uma visão mais africanizada dos cultos que vieram aqui para o Brasil e que, mais tarde, ajudaram a construir tanto a Umbanda quanto o Candomblé.

Eu vou tentar passar para vocês a visão dos Orixás sob a ótica africana. Bom, eu espero que eu consiga fazer isso, né? Que eu consiga passar para vocês, pelo menos uma ideia, de como os povos africanos antigos enxergavam essas divindades. Meu nome é Evandro Tanaka, eu sou médium umbandista e um apaixonado por esses assuntos que falam sobre espiritualidade.

Vamos lá! Para os Iorubás, principalmente aquele povo mais antigo e tradicional que viveu na África, nos séculos passados, os Orixás eram divinidades que receberam de Olodumaré ou de Olorum, como vocês queiram, a incumbência de criar e governar o mundo. Então, Olorum, que a gente pode interpretar como sendo o Deus Supremo, deu a cada Orixá a responsabilidade de cuidar de algum aspecto da natureza, deu a outros orixás a responsabilidade de cuidar de certas dimensões da vida e a outros Orixás, a missão de cuidar da evolução humana.

Mas assim, gente, percebam que, desde a antiguidade, os africanos (ao contrário do que muita gente pensa), não eram politeístas, ou seja, eles não acreditavam em vários deuses. Eles eram monoteístas. Para eles, o Ser Supremo absoluto criador de tudo o que existe se chamava Olorum, ou Olodumaré, ou Zambi, ou Olofim, dependendo da região onde eles viviam no continente africano. E os Orixás eram divindades que, tipo, se a gente pudesse fazer uma comparação com o Panteão Grego ou o Panteão Romano, os Orixás africanos poderiam ser chamados de semi-deuses. Ou seja, uma hierarquia de seres que estariam muito acima da condição humana, seres que viveriam em contato direto com o nosso Pai Olorum. Vocês entendem?

Só que na África, diferente do que acontece aqui no Brasil com o Candomblé e com a Umbanda que cultua diversos Orixás, lá no continente africano, os Orixás ficavam circunscritos a determinadas regiões. Então, por exemplo, tinha uma região que cultuava Oxum, tinha uma outra região que cultuava Xangô, tinha uma terceira região que poderia, sei lá, cultuar Ogum ou Oxóssi. Inicialmente, não havia o panteão de Orixás que a gente conhece hoje.

Esse panteão de Orixás foi construído com a vinda dos escravos para o continente americano. Porque os escravos vinham de diversas regiões da África, né?. Não era de um único lugar que eles eram trazidos para as Américas. Então, tinha gente do norte da África, tinha gente do Sul da África, do Leste, do Oeste, do Centro. E cada um com sua cultura diferente, cada um trazendo um costume diferente e louvando um ou mais Orixás diferentes.

E foi justamente no continente americano, dentro das senzalas, principalmente, que houve essa junção, que houve essa união dos Orixás que a gente conhece hoje. É claro que tinham determinados Orixás que eram conhecidos por quase toda a África. Enquanto que outros Orixás eram cultuados de uma maneira mais regionalizada. Daí, aqui no Brasil, tudo acabou se misturando, os negros escravos começaram a conhecer os Orixás de outras regiões, de outros povos… Orixás que até então eles nunca tinham ouvido falar, e começaram a prestar cultos e reverências a essas divinidades também.

Mas assim, pessoal, durante todos esses séculos de escravidão que teve aqui no Brasil, não só aqui no Brasil, mas na América, em geral, muitos Orixás foram esquecidos. Em contrapartida, surgiram novos Orixás e novos cultos. É uma bagunça danada esse negócio de Orixás. Porque, inicialmente, lá na África existiam centenas e centenas de Orixás. Só que muitos desses Orixás significavam a mesma coisa, só que eram conhecidos por nomes diferentes. Daí, mudava a cultura, mudava o idioma, mudava a ritualística dos cultos religiosos, mas a essência do Orixá era o mesmo.

Eu sei que, desse panteão africano dos Orixás, se a gente pudesse fazer uma compilação do que veio para as américas e que persiste até hoje no nosso continente, a gente poderia afirmar que o Panteão de Orixás, hoje, aqui dentre os países que receberam escravos, se resume a mais ou menos vinte Orixás. Mas eu não estou falando só do Brasil, tá? Eu estou me referindo também a outros países que receberam negros africanos. Cuba, por exemplo, recebeu muito escravo também. Tanto é que lá em Cuba existe a Santeria, que também é uma religião que cultua os Orixás. O Haiti também é um país que teve uma influência africana muito forte.

Enfim, com o passar dos séculos, acabou acontecendo três situações interessantes: hoje existem Orixás que são cultuados tanto na África quanto na América, por outro lado, existem outros Orixás que são cultuados no continente africano, em algumas regiões, mas são desconhecidos no nosso continente. Não me perguntem quais são esses Orixás, porque eu não saberia dizer. E existem Orixás em que o culto acabou se extinguindo na terra natal africana, mas que ainda continuam sendo reverenciados em determinados lugares do continente americano. É meio complicado esse estudo, né?

Mas, enfim… vamos falar de um Orixá que continua sendo cultuado tanto na África quanto no continente americano, que é o Orixá Exú. Nossa, Evandro, mas você está falando bobeira, porque Exú, não é Orixá, Exú é Entidade. Não, cara pálida, eu estou falando do Exú Orixá. Se você ainda não ouviu falar de um Orixá chamado Exú, ouve lá os episódios 17 e 19, que você vai ter uma ideia melhor do que eu estou falando.

E Exú sempre foi um Orixá muito presente no culto africano. Porque, segundo a mitologia deles, Exú é considerado o Orixá mensageiro, aquele que intermedia a relação entre os homens e todos os demais Orixás. Pela crença africana, o culto a todos os outros Orixás depende do papel do mensageiro, depende do papel de Exú. Sem a presença do Orixá Exú, os seres humanos não conseguiriam se comunicar com os Orixás e vice-versa. E olha só que interessante: Lá na África, Exú também era conhecido, em outras regiões com o nome de Legbá, ou então Bará. Em outras regiões eles chamavam Exú de Eleguá. Depende muito do idioma que era falado no local. Mas o princípio era o mesmo: era o Orixá mensageiro. Bom, e cada lugar atribuía a Exú uma qualidade peculiar, que acabou sendo trazida pelos escravos. Tinham algumas regiões que atribuíam a esse Orixá a energia do movimento da vida, da mudança. Outras regiões consideravam Exú como responsável pela reprodução, pela fecundação biológica. Tanto é que um dos símbolos de Exú é o falo, é o orgão sexual masculino ereto. Lógico que não tem essa concepção que existe aqui no ocidente, né? O falo, não só na visão africana como também em váriospaíses da Ásia, está muito associdado à continuidade da vida. Para eles, o pênis ereto signfica vitalidade, prosperidade. Não tem essa visão deturpada que a Igreja Católica incutiu na mente das pessoas para dizer que o sexo é pecaminoso e por isso, Exú seria a representação do demônio.

Tinham outras regiões que atribuíam a Exú o sucesso nas relações de comércio. Tanto é que alguns cultos de nação, até hoje invocam Exú para tratar de assuntos de prosperidade material. ou então de fertilidade, ou ainda quando a vida precisa de uma mudança radical.

Quer um outro exemplo de Orixá na visão africana? A gente pode citar Ogum, o senhor do ferro, o senhor do aço, da metalurgia, o senhor da guerra. Em outras regiões, Ogum era considerado o Senhor dos Caminhos, o senhor das oportunidades de realização pessoal. E daí, por uma espécie de associação com o metal e com a abertura de caminhos, com o tempo, no mundo moderno, Ogum também passou a ser considerado o senhor da tecnologia, o Orixá responsável pelo avanço tecnológico no mundo.

Só que no mundo antigo, naquela África arcaica da idade média, Ogum era considerado, em algumas regiões, o Orixá da agricultura, o Orixá da caça, da pesca, das atividades essenciais à vida do ser humano. Percebam que, coincidentemente, a gente já poderia atribuir a Ogum, nessa época, respeitando aquele conhecimento limitado que eles tinham, como sendo Orixá da tecnologia. Porque, pensem comigo: para pescar, para caçar, para plantar, havia a necessidade do homem produzir ferramentas. E essas ferramentas, se antes eram feitas de madeira e de pedra, com o tempo passaram a ser feitas de metal. Daí o por que da associação do Orixá Ogum a esse tipo de atividade.

E tinham outros lugares da África que associavam a caça e a pesca, não a Ogum, mas a um outro Orixá chamado Oxóssi, que também era conhecido como Odé, o Grande Caçador! E haviam outros Orixás africanos, com nomes diferentes, que também cuidavam dessas atividades. Erinlé, por exemplo, era um Orixá, Ibualama, Logun Edé… tinha um Orixá que se chamava Otim. Todos esses Orixás, na cultura africana antiga, eram considerados os senhores da vegetação e da fauna, mas acima de tudo, eles cuidavam da sobrevivência do ser humano por meio do trabalho.

Tinha um Orixá, lá na África, que se chamava Ocô. E esse Orixá, junto com Ogum, cuidava da atividade da agricultura. Só que o Orixá Ocô acabou sendo esquecido no Brasil. Ele deixou de ser cultuado no nosso país. Uma das razões, por que isso pode ter acontecido é que tanto o Candomblé quanto a Umbanda são religiões que nasceram nas cidades, né? E como Ocô era um Orixá essencialmente rural, que só cuidava da agricultura, esse Orixá acabou sendo relegado ao esquecimento.

Um outro exemplo de Orixá que veio parar em terras brasileiras: Nanã! Nanã, na visão africana, era a guardiã da sabedoria ancestral. Uma das Orixás mais antigas que ajudaram a formar o planeta Terra. Mas olha só que interessante: tem uma outra Orixá, tão ancestral quanto Nanã, mas que não foi difundida no Brasil. É uma Orixá chamada Onilé, a Mãe Terra, a senhora do planeta em que vivemos. E Onilé, a gente poderia dizer que é uma Orixá até mais antiga do que Nanã, porque ela foi uma das responsáveis, segundo a mitologia africana antiga, de distribuir as atribuições que os outros Orixás teriam em nosso Planeta.

Então, percebam que o panteão de Orixás que inicialmente veio aqui para o Brasil, era muito rico, muito diversificado. E cada Orixá começou a ser moldado de uma maneira muito específica no nosso país, por meio do conhecimento africano que chegava junto com os escravos. E olha que, entre esses escravos que chegavam, tinha muita gente letrada, culta, estudada em seus países de origem, mas que acabaram sendo capturadas como escravas. E foi justamente por meio desses escravos mais estudados, que o conhecimento dos Orixás foi difundido em nosso país.

Eu estava falando de Nanã, né? Hoje, no continente americano, Nanã é considerada a Orixá mais velha que existe. Ela é a senhora da lama que existe no fundo dos lagos, com o qual foi modelado o ser humano, segundo os ensinamentos transmitidos pela gênese, entre aspas, africana.

Tem um outro Orixá que veio para o Brasil, mas é mais cultuado no Candomblé do que na Umbanda, chamado Oxumaré, o Senhor do Arco-Íris, o senhor da chuva, da fertilidade da terra. Oxumarê, na visão africana, era o Deus em forma de serpente que propiciava boas colheitas.

Tem um outro Orixá que veio da África, que também ficou muito conhecido, tanto no meio Umbandista quanto no Candomblé, que é Obaluaê, também conhecido como Omulú, também conhecido como Xapanã, também conhecido como Sapatá. Esse é o senhor da peste, da varíola, da doença infecciosa. Omulú era um Orixá muito temido pelos africanos, mas também muito respeitado, porque da mesma maneira que ele trazia a doença, ele também trazia a cura.

A gente poderia citar ainda uma outra Orixá chamada Euá. Essa também é mais cultuada no Candomblé. Até hoje, eu não conheci nenhum terreiro de Umbanda que cultua Euá. Euá é a senhora do solo sagrado onde repousam os mortos. Tem um outro Orixá que raramente é cultuado no Brasil, são poucos os terreiros de Candomblé que cultuam esse Orixá, chamado Irocô. Eu, sinceramente, não sei muito sobre esse Orixá, sabe? Pelo que eu ouvi dizer, era uma árvore centenária onde habitavam pássaros misteriosos que eram temidos por carregar feitiços.

Mas assim, gente, eu estou citando alguns Orixás para vocês que não são cultuados na Umbanda, tá? Nem mesmo o Candomblé brasileiro cultua todos esses Orixás africanos. Alguns foram difundidos, outros não! Xangô, por exemplo, é um Orixá que foi muito difundido no Brasil, tanto na Umbanda quanto no Candomblé. O senhor do trovão, o senhor da justiça divina. E é interessante porque, da mesma maneira que Xangô ficou muito conhecido no Brasil, ele também era um Orixá muito conhecido na África.

Na mitologia africana, Xangô teria sido um dos primeiros reis de uma cidade chamada Oió. E essa cidade dominou por muito tempo a maioria das demais cidades iorubanas. Talvez, por essa razão, Xangô tenha ficado tão conhecido na África. E junto com Xangô, na mitologia iorubana, vieram as suas três esposas: Oiá, Obá e Oxum.

Oiá ficou conhecida aqui no Brasil como Iansã, a senhora dos ventos e da tempestade, também responsável pela sensualidade feminina. Iansã é a senhora do raio, mas também aquela que é soberana sobre os espíritos do mortos. É Iansã quem encaminha os mortos para o outro mundo.

A outra esposa de Xangô se chamava Obá, a senhora das correntezas, mas que também cuida da vida doméstica das mulheres. Obá é aquela que é responsável pelo fluxo contínuo das atividades cotidianas. E a terceira esposa de Xangô se chamava Oxum, a Orixá do Amor e da fertilidade entre as mulheres, mas também conhecida como a senhora do ouro, das riquezas, a dona da vaidade e das águas doces.

E lógico, né gente, quando a gente fala em Orixás femininas aqui no Brasil, que a gente chama de Iabás, não podemos esquecer da grande pop-star do nosso país, a mais famosa de todas as Orixás: a nossa Mamãe Iemanjá, a Senhora das Grandes Águas, a Mãe dos Deuses, a Mãe dos homens e a Mãe dos Peixes. Iemanjá é aquela que rege o nosso equilíbrio emocional ou a falta dele, ou seja, Iemanjá, segundo algumas visões, também cuidaria da loucura. Mas, enfim, independente dessas interpretações regionalizadas que essa Orixá possa ter, Iemanjá é a Orixá mais conhecida no nosso país. Esses dias, eu estava pensando… Por que Iemanjá é tão conhecida entre os brasileiros? Talvez seja pela grande extensão marítima que tem o nosso país, né? Afinal de contas, o Brasil possui quase 11.000 quilômetros de praia. É praia que não acaba mais! E Iemanjá ficou conhecida no nosso país como sendo a Rainha do Mar.

Na África, Iemanjá era considerada uma das mães responsáveis pela criação do mundo. Existem muitos mitos africanos que falam da participação de Iemanjá na criação do mundo. E, como eu disse para vocês, no Brasil, Iemanjá ganhou a soberania dos mares e oceanos. Iemanjá é a Dona da Calunga grande. Mas olha só que interessante: na África, a Orixá responsável pelos mares e oceanos se chamava Olocum. Na África, a senhora dos mares não tem nada a ver com Iemanjá. Era uma outra Iabá com o nome totalmente diferente.

Só que, por alguma razão, Olocum se tornou uma Orixá quase que esquecida, tanto no Brasil quanto em Cuba. Ela que era a antiga senhora do oceano, das profundezas da vida, dos mistérios insondáveis do mar. E olha, esse negócio de estudar Orixás africanos é tão complicado que existem relatos de que havia uma outra Orixá, responsável pelos mares e oceanos, chamada Ajê Xalugá. Pelo que eu sei, não existem cultos a essa Orixá no Brasil, ou se existir, são cultos restritos apenas a alguns barracões de Candomblé que buscam suas raízes culturais no continente antigo da Mãe África. E Ajê Xalugá, além de cuidar dos mares e dos oceanos, também era a Orixás responsável pela conquista da riqueza, da prosperidade material, dos negócios lucrativos. Vocês percebem a bagunça que é esse negócio de associar os Orixás às nossas necessidades humanas? Em um canto da África eles pediam para Exú cuidar dos negócios. Em outra região, pediam para Ajê Xalugá, que também era responsável pela riqueza material. Mas essa riqueza material, em outros povos, era trazida por Oxum, que é a dona do ouro. Vocês ficaram confusos? Então, bem vindos ao meu mundo!

Bom, mas a gente estava falando de Iemanjá, né? Na África, Iemanjá estava muito associada ao Rio Niger, ou seja, na África, Iemanjá tinha uma função muito parecida com a que Oxum tem aqui no Brasil hoje. E essas Iabás que chegaram até nós hoje (Iemanjá, Nanã, Olocum, Oyá, Ajê Xalugá, dentre outras…) são conhecidas como as divindades femininas primordiais, também conhecidas como Ya mi Oxorongá. As Ya mi Oxorongá representam o poder ancestral feminino e os elementos místicos da mulher. São as mães ancestrais da humanidade que possuem todo o conhecimento. E, por isso, são conhecidas como as senhoras do feitiço, as grandes mães feiticeiras.

Então é isso, pessoal. Eu tentei passar, nesse episódio, uma visão um pouco mais abrangente de Orixás para vocês, para fugir daquela visão estreita que muitos Umbandistas têm sobre Orixás. Porque, apesar de nós sermos umbandistas, nada impede que a gente busque conhecimentos em outras culturas. Nós precisamos ser como a nossa religião: agregadores de conteúdo. Da mesma maneira que a Umbanda absorveu conceitos e ensinamentos de outras crenças religiosas, a gente também precisa buscar conhecimento em outras vertentes, para fazer crescer a Umbanda que existe dentro de nós. E nada melhor do que o estudo para que isso aconteça.

Então, vamos continuar estudando, vamos continuar pesquisando, vamos desenvolver a nossa asa do conhecimento, da mesma maneira que nos esforçamos para desenvolver a outra asa do sentimento. É apenas isso o que importa nessa vida: adquirir conhecimento e lapidar os sentimentos. É só isso que a gente vai levar para o lado de lá, quando fizermos a grande passagem.

Espero que vocês tenham gostado desse bate papo rápido que fizemos sobre os Orixás, tentando passar uma visão um pouco mais africanizada. É sempre bom nós ouvirmos outros entendimentos sobre aquilo que já sabemos, né? Ou que pensamos que sabemos… Porque ouvir o ensinamento do outro vai agregar mais riqueza àquilo que já sabemos. E eu tento muito ouvir o ensinamento das outras pessoas.

Gratidão, pessoal, por estarem acompanhando o Podcast. Se vocês curtiram o que eu falei até aqui, ouçam os outros episódios que a gente já gravou, continuem acompanhando os próximos episódios, que a gente ainda vai falar muita coisa sobre Orixás, sobre Entidades e sobre a mediunidade na Umbanda.

Compartihem o Alma de Poeta com outras pessoas que estejam também buscando a espiritualidade, me ajudem a difundir esse conhecimento para as pessoas que tem vontade de aprender. Se vocês ainda não sabem, o Podcast Alma de Poeta está presente nas principais plataformas de áudio: Deezer, Amazon Music, Spotify, Google Podcast, Apple Podcast, Youtube.

Se você quiser acompanhar algumas postagens nas redes sociais também, pode procurar a gente no Instagram, pode procurar a gente no TikTok. Sempre eu estou colocando alguma coisinha por lá também. É lógico que no TikTok e no Instagram vocês não vão ouvir os conteúdos tão explicados, como a gente faz aqui no Podcast, porque lá o tempo de duração do vídeo é limitado, né? Eu não tenho a liberdade de falar quanto tempo eu quiser e eu acabo selecionando o que eu acho mais relevante de compartilhar. Mas está sendo uma experiência legal, por enquanto…

Bom, gente, já falei demais… um grande abraço para vocês e até o nosso próximo encontro!

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1 comentário
  • Boa tarde, tudo bem? meu nome é Ricardo, amei o artigo, uma leitura muito clara que diferencia o que é realmente a essência dos Orixás aqui no Brasil e na África, mas você não falou de Oxalá. Gostaria de saber como ele é ou era cultuado na África.
    Um forte abraço

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